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Administradores do FC Porto vão ganhar menos. E Villas-Boas fica sem ordenado

© lusa

Os administradores da FC Porto SAD auferem remunerações anuais de 486,5 mil euros, praticamente um quarto dos 2,02 milhões de euros (ME) fixos declarados pela gestão anterior em 2022/23, informou o clube.

Numa das sete secções do recém-criado portal da transparência ‘azul e branco’, promessa eleitoral do presidente André Villas-Boas, os ‘dragões’ detalharam os salários dos cinco membros do conselho de administração eleitos por unanimidade em 28 de maio.

Villas-Boas abdicou de receber remuneração fixa, ao contrário de José Pereira da Costa, administrador financeiro e membro da comissão executiva, que aufere 350 mil euros por ano, do vice-presidente Carlos Gomes da Silva, com 80.500, e das administradoras não executivas Ana Teresa Lehmann e Maria do Rosário Moreira, ambas com 28 mil cada.

Os cinco gestores da FC Porto SAD prescindiram de remuneração variável no quadriénio 2024-2027, após André Villas-Boas ter derrotado Pinto da Costa, presidente há 42 anos e 15 mandatos, nas eleições mais participadas da história do clube ‘azul e branco’.

De acordo com o relatório e contas referente ao exercício 2022/23, publicado em outubro de 2023, os oito elementos da anterior administração auferiam anualmente 2,02 ME fixos, havendo igualmente 1,6 ME em gratificações e seis mil euros por senhas de presença, num total de 3,6 ME em remunerações.

Os salários da nova administração foram conhecidos antes da divulgação do balanço financeiro da FC Porto SAD na temporada passada, num dia em que André Villas-Boas enalteceu o lançamento do portal da transparência no sítio oficial do clube na Internet.

“Para que tudo fique claro e disponível, os associados conseguem obter toda a informação relevante sobre a organização do clube, a relação com os investidores e os stakeholders, as políticas da sociedade e de vencimentos do conselho de administração, os códigos de ética e de conduta ou as políticas de prevenção da corrupção”, explicou, citado pelos ‘dragões’.

Encarado como um “passo significativo” no contacto com associados, investidores ou acionistas, que será atualizado com regularidade, o portal divide-se em sete áreas: Pessoas e organização, Jogadores, Contratos e informação financeira, Sustentabilidade, Infraestruturas, Documentos e Canais de denúncia.

“Gostávamos de ter acelerado ainda mais a sua construção, mas há sempre processos tecnológicos a ultrapassar e estamos numa fase de reformatação do nosso site e numa fase de transformação digital. À medida que fomos avançando, tornámos imediatamente disponível este portal da transparência. Para alguns a espera foi longa, para outros foi curta, mas a realidade é que está pronto e assim poderemos comunicar de outra forma com os nossos sócios”, agregou André Villas-Boas.

A plataforma sinaliza o número de associados do FC Porto, que cresceu depois da vitória eleitoral do sucessor de Pinto da Costa e está fixado em 131.037, ou a quantidade de colaboradores diretos, cujo somatório de 1.262 inclui 130 treinadores e 316 atletas – 172 dos quais com contrato de formação.

Além de discriminar as transferências e renovações de jogadores do futebol profissional, bem como as comissões inerentes, o portal apresenta um orçamento de 11,3 ME para as modalidades sob alçada do clube em 2024/25, que, entre outras, aloca 4,5 ME no andebol, 3,1 ME no basquetebol e 2,6 ME no hóquei em patins, crescendo 193 mil euros face à época passada.

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