No próximo dia 26 de setembro, realizam-se as eleições autárquicas. Por todo o país, candidatas e candidatos encontram-se com as cidadãs e com os cidadãos eleitores.
A campanha eleitoral é um momento crucial para dar a conhecer os valores nos quais assentam as candidaturas e os seus propósitos programáticos. Aqui reside a base do contrato político entre eleitos e eleitores. É talvez um dos mais importantes momentos na vida democrática. Dos termos e da confiança que resulta desse momento se faz a qualidade da democracia.
Depois do ato eleitoral, há e deve haver um exercício do poder que cuide de honrar os compromissos assumidos, de respeitar a representação minoritária e de promover uma cultura de participação cívica nas escolhas públicas, na implementação e na monitorização dos seus efeitos na vida dos cidadãos.
Esse trabalho posterior é saudável e desejável se permitir corrigir e/ou melhorar trajetórias. Sempre na melhor defesa do interesse público. Avaliado e interpretado a cada instante em que importa decidir. Sem descuidar as opções estratégicas mais duradouras, nem sempre coincidentes com a vontade popular circunstancial.
Ora, o próximo ato eleitoral vai permitir escolher os que, tendo importantes recursos financeiros, europeus e nacionais, ao seu dispor, terão de enquadrar as suas prioridades locais nas opções estratégicas nacionais e que são as políticas de combate à pobreza e às desigualdades, enfrentar os limites impostos pela demografia, os riscos das alterações climáticas e as oportunidades da transição digital.
São riscos e oportunidades que impõem autarcas com uma grande lucidez sobre o presente e sobre o futuro.
Secretário-geral-adjunto do PS