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Adega alentejana transforma aguardente em desinfetante

A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (ACVCA) está a produzir gel para desinfetar mãos à base de álcool de aguardente para doar a instituições do Baixo Alentejo, como o hospital de Beja, devido à covid-19.

Trata-se de uma solução antisséptica de base alcoólica (SABA), vulgarmente conhecida como gel desinfetante, que é usada para desinfetar mãos e “essencial” para controlar o contágio da pandemia de covid-19, explicou à agência Lusa José Miguel Almeida, presidente da ACVCA, que produz vinhos e tem sede na vila de Vidigueira.

A adega, a partir do seu ‘stock’ de aguardente, vai poder produzir 3.000 litros de SABA, que serão “integralmente doados” à Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), o “destino prioritário”, e a instituições dos três concelhos da sua área de influência, nomeadamente Vidigueira, Cuba e Alvito, no distrito de Beja.

A adega já produziu 540 litros de SABA, dos quais 320 foram doados à ULSBA e 220 aos centros de saúde, corporações de bombeiros, postos da GNR, instituições particulares de solidariedade social e autarquias dos três concelhos, precisou.

“Ainda temos capacidade para produzir 2.460 litros e estou convencido que vamos continuar a abastecer regularmente a ULSBA durante este mês e ainda conseguir reforçar instituições dos concelhos de Vidigueira, Cuba e Alvito que estão mais necessitadas”, disse.

José Miguel Almeida explicou que a ideia de produzir SABA surgiu depois de a ACVCA ter sido contactada pela ULSBA no sentido de saber como a adega a poderia ajudar, nomeadamente através da cedência de material.

“Tendo em conta o nosso ramo de atividade, o que temos mais em ‘stock’ é aguardente com 76% de álcool e pensámos em transformá-la em gel desinfetante para poder ajudar a ULSBA”, contou.

Nesse sentido, o departamento técnico da ACVCA, a partir de uma fórmula recomendada pela Organização Mundial de Saúde, iniciou e concluiu com êxito ensaios para produção da solução de gel antisséptico.

A solução foi depois aprovada pela ULSBA para ser usada no hospital de Beja e nos centros de saúde geridos pela instituição e a adega arrancou com a produção e a doação e distribuição gratuita de SABA.

O vogal executivo do conselho de administração da ULSBA, Manuel Soares, citado pela adega, enalteceu o “importante contributo e a solidariedade” da adega na produção e doação de SABA, que serve para descontaminar mãos e, a par de outros meios e cuidados, é “essencial no controlo do contágio e na proteção de profissionais e doentes”.

Neste “momento difícil” de combate à covid-19, o consumo mensal de SABA na ULSBA “aumentou para perto do triplo” e o contributo da adega “é primordial e um balão de oxigénio” para a instituição obter aquele produto “imprescindível” e que está a ser “muito difícil de encontrar no mercado”.

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