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Açorianos assumem falta de profissionais de saúde

O presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Luís Garcia, disse esta semana ter tomado “boa nota” da “debilidade” de recursos humanos do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, sobretudo ao nível de médicos e de enfermeiros.

Em declarações aos jornalistas, depois de se reunir com a administração do HDES, Luís Garcia disse ter concluído “que há, de facto, uma debilidade” em “termos de recursos humanos” que é “muito evidente” no único hospital público da ilha de São Miguel.

“Tomei boa nota desta situação e das diligências que estão a ser implementadas, quer pela tutela quer pelo conselho de administração, para tentar debelar esta situação para apetrechar melhor em termos de recursos humanos o Serviço Regional de Saúde, em particular o HDES”, afirmou.

Luís Garcia acrescentou que a “debilidade” de recursos humanos se deve “sobretudo” à falta de médicos e de enfermeiros.

Questionado sobre a necessidade de ter uma equipa militar no processo de vacinação contra a covid-19 em São Miguel, tal como aconteceu nas ilhas açorianas sem hospital, Luís Garcia referiu que todo o auxílio é “bem-vindo”.

“Todos os apoios que possam vir para reforçar esta campanha de vacinação, a proteção das pessoas, cada um individualmente e da nossa comunidade, todos os apoios, venham eles de onde vieram, são bem-vindos e devemos estar abertos a esta cooperação”, declarou.

Sobre eventuais bairrismos entre as ilhas do arquipélago, suscitados pela distribuição das vacinas contra a covid-19, Luís Garcia apelou à “união de todos os açorianos”.

“A mensagem que deixo é que é uma receita muito importante para o sucesso no combate à covid-19. A união e a solidariedade entre todas as ilhas e todos os açorianos. Isto é que é fundamental”, assinalou.

O social-democrata destacou que a visita ao HDES teve como um dos “objetivos” homenagear os profissionais de saúde que têm “estado na linha da frente no combate à covid-19”.

O presidente da Assembleia Regional quis também expressar a “solidariedade do parlamento dos Açores à população da ilha de São Miguel, que tem sido a mais fustigada” pela pandemia provocada pelo SARS-CoV-2.

“Desde que assumi a presidência do parlamento dos Açores, defini como um dos meus objetivos desta presidência estratégica o de aproximar o parlamento de todas as ilhas, das suas instituições e dos seus cidadãos”, acrescentou.

A equipa de saúde das Forças Armadas concluiu no domingo o apoio ao processo de vacinação contra a covid-19 nas ilhas açorianas sem hospital, tendo inoculado mais de 6.700 pessoas desde 06 de junho.

Os militares integraram a “Operação Periferia”, lançada pelo Governo Regional para assegurar a vacinação em massa das ilhas sem hospital: Flores, São Jorge, Graciosa, Pico e Santa Maria.

A equipa militar não chegou a reforçar a vacinação em São Miguel (uma possibilidade que chegou a ser abordada pelo presidente do Governo Regional) porque a “capacidade instalada” naquela ilha é “suficiente”, adiantou à Lusa o secretário da Saúde do Governo dos Açores na segunda-feira.

Desde 31 de dezembro de 2020 e até 17 de junho, foram administradas nos Açores um total de “187.119 doses de vacina contra a covid-19, correspondentes a 109.258 pessoas com 16 ou mais anos com a primeira dose e 77.861 pessoas com ambas as doses”, segundo avançou a Autoridade de Saúde na segunda-feira.

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