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Acerca da liberdade

O conceito de liberdade nunca foi consensual e muito menos estanque, pois foi evoluindo ao longo do tempo.

Há quatrocentos anos era mais simples: um homem ou uma mulher livre, simplesmente não era escravo ou escrava.

Ultimamente, alguns, um reduzido número está convicto de que liberdade é não apanhar uma vacina e puder fazer tudo o que lhe apetece e comportar-se como se não vivêssemos em tempos de pandemia. O mais extraordinário é que se recusam a vacina porque, para eles é inócua.

Em Portugal a vacina é livre de se tomar ou não e não se podem queixar mas ao menos que assumam as consequências de um assunto de saúde pública.

Há 10% de pessoas que não estão vacinadas. Portanto, e a uma média de 27.800 infectados por dia (nestes últimos dias), e não havendo neles superpoderes, podemos dizer que desses 27.800, teremos 2.780 que não são vacinados. Certo?

Agora consultem um dia qualquer de 2020 (quando ninguém estava vacinado) com cerca de 2.780 infectados e verifiquem o número internados em enfermarias, em UCI e mortos. Irão constatar é muito semelhante aos actuais números. Ou seja, é notório que as pessoas internadas e em cuidados, sejam essencialmente não-vacinados ou com vacinação incompleta. Se tiverem algum facto contrário ao que estou a expor, por favor digam. Mas peguei nisto para voltar a falar de liberdade.

O meu conceito de liberdade vale o que vale, mas é aquele com que me identifico: a liberdade é a capacidade de assumir compromissos! E assumo o compromisso de me vacinar, as vezes que forem necessárias, sejam três ou dez, para contribuir, na minha medida, para a saúde pública, sabendo de antemão que só assim, seremos livres como outrora fomos. Excepto para alguns, quem nos tira a liberdade é a merda de um vírus e não um Estado que alguns acham totalitário.

Acho que está para breve a altura em que seremos todos livres: os vacinados e os não vacinados. Estes últimos assumiram o seu caminho, a sua liberdade e certamente assumirão as suas consequências e que respeito.

Estão dispostos a pagar a diferença de valor entre uma vacina que negaram e um internamento consequência disso

Talvez não, talvez sim, cada um fala de si. Mas cá estamos para ninguém ficar para trás.

Pedro Guimarães

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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