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Academia do Bacalhau de Pretória solidária com Moçambique

A Academia do Bacalhau de Pretória, com ação na comunidade portuguesa na África do Sul, ofereceu hoje 4.000 conjuntos escolares às crianças da Beira, que ficaram sem material devido ao ciclone Idai, que devastou o centro de Moçambique.

O presidente da Academia do Bacalhau de Pretória, Mário Ferreira, referiu à agência Lusa que o material “foi recolhido durante duas semanas e meia” e adiantou que será “encaminhado para Moçambique ainda esta semana ou no início da próxima”.

“Acabámos de empacotar tudo e vamos entregar na Academia do Bacalhau de Maputo. Depois, o material será encaminhado para a Beira, onde será distribuído juntamente com o vice-cônsul de Portugal na Beira”, disse.

Mário Ferreira salientou que o valor total dos 4.000 ‘kits’ escolares atinge os 20.000 dólares (17.685 euros).

A ideia de reunir donativos surgiu logo após o ciclone, ocorrido em 14 de março, com Mário Ferreira, natural da então Lourenço Marques (atualmente Maputo, capital de Moçambique), a propor a mobilização à direção da Casa do Bacalhau de Pretória, na capital da África do Sul.

“Quando o ciclone aconteceu, falei com a direção da academia e sugeri que se fizesse um pedido à comunidade para ajudar. Não foi só a comunidade portuguesa que frequenta a Academia do Bacalhau de Pretória, foi toda a comunidade [restantes nacionalidades]”, lembrou.

Mário Ferreira acrescentou que a ajuda da Academia do Bacalhau de Pretória, umas das 57 espalhadas pelo mundo, não deverá “ficar por aqui”.

“Vamos continuar a ajudar e vamos ver o que conseguiremos”, afirmou, depois da cerimónia de entrega formal dos donativos, na Associação da Comunidade Portuguesa de Pretória, com a presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, que está de visita à África do Sul.

Também presente, o embaixador de Moçambique em Pretória, Paulino Macaringue, enalteceu “mais esta iniciativa de ajuda da comunidade portuguesa” e agradeceu “o gesto”.

“Este apoio trata-se de olhar para aquele aspeto que parece não ser importante. É que as crianças perderam tudo. Trata-se não só de reabilitá-los, em termos de saúde, vesti-los e dar-lhes de comer, mas também dar-lhes condições para retomarem a atividade letiva”, afirmou o diplomata.

O ciclone Idai, que afetou também o Maláui e o Zimbabué, provocou 603 mortos em Moçambique e afetou mais de 1,5 milhões de pessoas, segundo as autoridades moçambicanas.

Muitas infraestruturas, incluindo escolas e unidades de cuidados de saúde, foram destruídas ou ficaram danificadas.

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