É declamada quando vem a lua cheia
É publicada regularmente no BOM DIA
Nas noites frias de muita cidade e aldeia
É balsamo para o tédio e preenche qualquer vazio.
Em pequenino nunca aprendi a rezar o terço,
E hoje torço para não desfiar as contas,
Não tenho rosário, poucas lágrimas de tristeza
Porque foram secas no ermo e a termo.
Quanto mais escrevo mais penetro em mim
E me vejo num poema que ainda não inventei
E eu nem sei se inventarei algum poema assim
E não devo ser o único que tal poema imaginei.
Quanto mais escrevo menos me embaralho no soneto
Na sextilha, nas quadras, nas palavras e no floreio
E borboleio alegria, empatia e muito afecto.
Porque a poesia pura é publicada no BOM DIA!
José Valgode