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A minha taça

A minha taça de café está vazia,
e vazia estou eu por não te ter…
A minha casa tem ausência de cor,
e ausência de cor tem a minha alma,
ausência de ti…

O meu mundo está em silêncio,
um silêncio pesado,
um silêncio que sente falta
das nossas horas de conversa,
de quando as nossas almas se tocavam,
de quando os nossos olhos se falavam mesmo que os sons das nossas bocas
se calassem…

E o meu coração
sabe que te ama, e eu,
eu sei que a minha alma está em sangue,
que tem mágoas que sobreviverão
a umas quantas vidas… pois por mais
que te ame, os meus olhos não esquecem
o olhar do desprezo e desrespeito,
por mais que a tua ausência doa,
doeu me muito mais a indiferença,
os olhares vazios, as palavras que não
foram palavras mas sim
apedrejamentos ao meu Ser…
Porque tudo o que vem de quem amamos é mais sentido, ou nos alegra ou nos derruba,
e o nosso Amor, deveria ter sido um andamento musical “allegro maestoso”,
jamais pedaços de nada,
pedaços de dor…

Porque meu Amor
posso conhecer mil homens,
ter mil e uma noite de prazer,
que jamais me esquecerei das noites
que passamos,
dos nossos corpos molhados pelas chuvas
de Verão, ou então deitados num campo qualquer a contemplar as constelações
de um Céu só nosso… jamais esquecerei os lugares que os nossos olhos visitaram juntos… não “meu” amor, não poderei esquecer me da poesia que fomos…
Jamais!
Porque tudo foi intenso Amor,
e intenso foi também,
o nosso triste final.

Matilda Lins

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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