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A guerra cultural chegou às padarias

Hoje li num jornal que uma cliente se queixou numa padaria em Kassel, Alemanha, por ter na gama dos seus bolos o tradicional “bolo Nigéria”.

A cliente considera isso um ataque racista a todas as pessoas de pele escura! Os donos da padaria, de tão inocentes que eram, logo mudaram o nome do bolo para “bolo pudim da vovó”!

Nova reacção não se fez esperar! O novo nome refletia um sutil desrespeito à idade para com a geração acima de 60 anos.

Nos nossos tempos temos sido assolados pela hipersensibilidade de um activismo moderno que alegadamente quer substituir a velha discriminação pela vigia. A política dos woke (acordados) contra a discriminação tem criado verdadeiros guerreiros culturais que devido ao seu exagero se desqualificam. 

É estranho que uma época de tanta grosseria e abuso por parte de governantes produza tanta sensibilidade para temas de justiça social específica. A uma atitude cada vez mais controladora da política junta-se um accionismo de puritanos do pensamento!

A vigília quer substituir a velha discriminação e o controlo vai substituindo a política!

Estamos em uma época muito contraditória e delicada.

António CD Justo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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