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A encruzilhada da democracia francesa

 O Presidente francês estará a avaliar a hipótese de um referendo sobre questões institucionais no dia das eleições europeias, 26 de maio, uma possibilidade rejeitada pelo primeiro-ministro, Edouard Philippe, e pela ministra dos Assuntos Europeus, Nathalie Loiseau.

A ideia de Emmanuel Macron foi veiculada no domingo pelo jornal “Le Journal du Dimanche”, que não só dava conta da vontade do Presidente francês em organizar uma consulta pública relativa ao número de deputados ou limitação de mandatos no mesmo dia das europeias, mas também de uma encomenda de papel especial para os boletins de voto que teria sido feita pelo Ministério do Interior.

Já antes disso, num encontro com alguns jornalistas sobre o Grande Debate que está a acontecer em França motivado pelos protestos dos coletes amarelos, e que tem promovido centenas de encontros entre a população e dirigentes locais, o Presidente indicou que a possibilidade de um referendo estava entre as propostas que estavam a ser consideradas.

Uma das reivindicações do movimento dos coletes amarelos é a realização de um referendo de iniciativa cidadã, questionando os franceses sobre o atual funcionamento institucional do país. Os pedidos para um referendo também se têm multiplicado nas diversas reuniões do Grande Debate promovidas por toda a França.

No entanto, a coincidência entre um referendo sobre questão internas do funcionamento do país no mesmo dia das eleições europeias, não está a ser bem recebido pelo Governo. Esta segunda-feira, o primeiro-ministro disse que ainda era cedo para falar em qualquer tipo de conclusão sobre o debate que está a acontecer em França.

“Temos um grande debate a decorrer, a questão de saber em que condições e quais serão as propostas que vão sair deste debate é algo que não está na ordem do dia”, afirmou Edouard Philippe aos jornalistas, numa deslocação a Beauvais.

Nathalie Loiseau, ministra dos Assuntos Europeus, afirmou em entrevista conjunta à RTL, “Le Figaro” e LCI que gostava que “se falasse apenas da Europa no dia 26 de maio”, indicando ainda que não há nenhuma decisão firme por parte do Presidente.

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