A pandemia terá também impacto na Black Friday, agendada para a última sexta-feira de novembro, dia 27. Para evitar ajuntamentos e imagens rocambolescas como as de outros anos, com densas multidões e loucas correrias pelas lojas, a ideia é estender as promoções por vários dias. Até porque é preciso compensar as quebras de faturação que a covid trouxe.

Segundo dados da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, em 2020 a quebra das vendas face ao ano passado oscila entre os 30% e os 40%. A covid, claro, está na base dessa redução.

Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, garantiu, em declarações ao “Jornal de Negócios”, que este ano os retalhistas optarão por “transformar a Black Friday em vários ‘black days’” e voltou a apelar ao Governo para que as restrições à lotação das lojas (cinco pessoas por cada 100 metros quadrados) sejam revistas.

Os operadores internet estimam que este ano as vendas online Black Friday poderão quadruplicar.

O termo Black Friday, aplicado a este contexto, terá sido adotado algures nos anos 1960 pela polícia de Filadélfia. Com esta designação, as forças de autoridade referiam-se aos congestionamentos gigantescos ocorridos nesse dia, em que os americanos aproveitavam a “ponte” do feriado de Ação de Graças para se precipitarem para as lojas e iniciarem as compras natalícias.