O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou que o Governo da República vai investir no reforço de equipamentos nas forças de segurança dos Açores, cerca de 20 milhões de euros até 2026.
“Somando os mais de 11 milhões de euros previstos nas infraestruturas e equipamentos da PSP, com os 1,6 milhões de euros de investimento em curso no SIRESP e na sua operabilidade com o sistema de comunicações do continente, mais 1,6 ME de investimento na GNR, no centro de comunicações e operações, e o investimento previsto para vigilância e controle costeiro, estimado entre 6 a 7 milhões de euros, estaremos muito próximo de 20 milhões de euros de investimento até 2026”, garantiu o governante, que falava aos jornalistas, na sede do parlamento dos Açores, na cidade da Horta, no âmbito de uma visita à região.
José Luís Carneiro esteve reunido com os líderes parlamentares dos Açores, depois de, em janeiro deste ano, a Assembleia Regional ter aprovado um voto de protesto pela falta de investimento em equipamentos, infraestruturas e recursos humanos das forças de segurança no arquipélago.
“Vamos avaliar em que medida isso poderá ser feito, na medida em que temos também previsto investimentos tecnológicos nas condições de operação da PSP e vamos ver como é que podemos, entre o investimento na modernização tecnológica e o balanceamento com o efetivo, responder a essa preocupação dos senhores deputados”, disse o ministro da Administração Interna, referindo-se, em especial, ao reforço de efetivos da PSP e da GNR nas ilhas.
O governante lembrou que, em 2022, houve um reforço de 49 agentes da PSP e de 20 guardas da GNR nos Açores, número que ficam muito aquém dos cerca de “200 agentes” que, segundo as forças políticas com assento parlamentar, estarão em falta na região, mas que José Luís Carneiro considera estarem empolados.
O titular da pasta da Administração Interna no país manifestou, por outro lado, disponibilidade para o seu ministério colaborar com as regiões autónomas, no sentido de combater problemas sociais que afetam os dois arquipélagos e que devem ser combatidos de uma forma mais abrangente.
“A mendicidade, a pobreza, a exclusão, as toxicodependências, o alcoolismo, são questões que requerem uma intervenção a montante, junto das famílias, trabalho esse para o qual a PSP pode contribuir”, explicou o ministro, ressalvando, porém, que não é a PSP que compete resolver estes problemas sociais.