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150 anos de presença diplomática na Suíça

© Ricardo Silva / BOM DIA

Numa publicação na rede social LinkedIn, o embaixador português na Suíça, Júlio Vilela (na foto), recorda que passaram 150 anos desde que Portugal e a Suíça assinaram um tratado para extradição de criminosos e outro de comércio.

Segundo o diplomata, paralelamente à designação do primeiro Embaixador na Suíça, D. Luís I e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da época, João de Andrade Corvo, fixaram ao designado, duas primeiras incumbências: a negociação com as autoridades suíças de um Tratado para Extradição de Criminosos e de um Tratado de Comércio.

“Estas prioridades correspondiam, de forma geral, a preocupações ou interesses semelhantes que moviam a Coroa e as autoridades suíças, no mesmo sentido com outros Países. Relativamente ao Tratado de Comércio, se a Suíça já havia estabelecido pactos daquela natureza com os EUA (1850), Reino Unido (1855), Rússia (1872), e prosseguindo com outras Nações, designadamente com os Países Baixos e a Pérsia”, explica Júlio Vilela, explicando que Portugal, “numa linha de desenvolvimento externo muito defendida e propulsionada por Fontes Pereira de Melo”, também já se havia lançado na celebração de acordos comerciais com a Inglaterra, Rússia, Perú, Libéria, Áustria-Hungria, Alemanha e Itália, outros indo seguir-se ao da Suíça.

Em 1869, as autoridades suíças expressaram o desejo de que os produtos oriundos deste país pudessem beneficiar do mesmo tratamento aduaneiro que mereciam os congéneres franceses à chegada a Portugal. “E a vontade suíça era até a de poder celebrar um entendimento pouco formal não fazendo questão que fosse um acordo bilateral. O Governo português preferiu, contudo, enveredar pela via da negociação de um Tratado bilateral, tarefa que acabou por se revelar de alguma simplicidade e concretizada em escassos meses”, considera Vilela, detalhando que os contactos decorreram em Berna entre junho e novembro de 1873, tendo ambas as partes querido respeitar e fazer aplicar o princípio da nação mais favorecida.

“Os dados estatísticos atuais sobre as trocas comerciais de bens e de serviços entre os dois países, com um volume global acima dos dois mil milhões de euros, bem justificam a importância que deve ser conferida ao trabalho continuado que tem sido desenvolvido pelos empresários dos dois lados e ao apoio e atenção dispensada pela AICEP”, conclui o embaixador Júlio Vilela.

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