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Vitória histórica do Arouca no Dragão

Arouca's players celebrate after scoring the first goal against FC Porto during the Portuguese First League soccer match held at Dragao stadium in Porto, Portugal, 07 February 2016. ESTELA SILVA/LUSA

Um ‘bis’ do avançado paraguaio Walter Gonzalez permitiu ao Arouca arrancar uma histórica vitória em casa do FC Porto (2-1), na 21.ª jornada da I Liga de futebol, atrasando ainda mais os ‘dragões’ na luta pelo título.

Com este desaire, o primeiro em casa este campeonato, a equipa de José Peseiro, que na próxima jornada se desloca ao terreno do Benfica, passa ter uma desvantagem de seis pontos para os ‘encarnados’, que lideram provisoriamente, e de cinco pontos para o Sporting, que tem menos um jogo.

Já os arouquenses, que nunca na sua história tinham vencido um duelo com o FC Porto, põem fim a um ciclo de sete jogos consecutivos sem vencer, quatro dos quais para a Liga, e com este resultado sobem ao primeiro terço da tabela classificativa.

O surpreendente triunfo do Arouca foi alicerçado com uma entrada de rompante da equipa de Lito Vidigal, surpreendendo os locais logo aos 13 segundos, com o golo inaugural – o mais rápido na presente edição da Liga -, apontado por Walter Gonzalez, após arrancada e assistência de Zequinha.

Sofrendo um golo ‘a frio’, o FC Porto precisou de alguns minutos para se restabelecer e estabilizar o seu futebol, antes de começar a criar os primeiros lances de perigo para baliza de Bracali.

Danilo deu o sinal de perigo inaugural para os ‘dragões’, com um remate ao lado, a que se seguiu, pouco depois, um cabeceamento de Aboubakar que teve uma das defesas da noite do guardião do arouquense.

Na sequência desse lance, que resultou em canto, o avançado camaronês acabou por não desperdiçar uma segunda oportunidade, e já perto do quarto de hora, restabeleceu a igualdade, num golpe de cabeça.

Pensava-se que o lance poderia dar mais tranquilidade aos nortenhos, mas apesar de mais dominadores, os comandados de José Peseiro não evitavam que os visitantes, sempre que espreitavam o contra-ataque, causassem calafrios nas bancadas do Dragão.

Assim foi quando aos 20 minutos Nuno Coelho surgiu isolado frente a Casillas, mas não conseguiu superar o guarda-redes do FC Porto na altura do remate, num lance copiado por Mateus, pouco depois, que teve o mesmo desfecho.

Apesar do atrevimento visitante, continuavam a pertencer ao FC Porto as melhores oportunidades para chegar ao golo, mas ora por falta de pontaria, ora pelas intervenções de Bracali a igualdade persistiu até ao intervalo.

FC Porto's goalkeeper Iker Casillas reacts during the Portuguese First League soccer match against Arouca held at Dragao stadium in Porto, Portugal, 07 February 2016. ESTELA SILVA/LUSA

FC Porto’s goalkeeper Iker Casillas reacts during the Portuguese First League soccer match against Arouca held at Dragao stadium in Porto, Portugal, 07 February 2016. ESTELA SILVA/LUSA

No regresso do descanso, os ‘dragões’ voltaram a entrar com uma postura mais ‘mandona’, mas inconsequente no último terço, perante um Arouca que se fechava bem e sorvia todos os espaços nas iniciativas contrárias.

Aboubakar, logo após o reatamento, ainda teve um lampejo junto à área, mas não conseguiu superar o concentrado Bracali, guarda-redes brasileiro que já pertenceu aos quadros do FC Porto e que viu a bola entrar na sua baliza aos 62 minutos, num lance anulado por alegado fora de jogo de Brahimi.

O Arouca mantinha então uma a postura concentrada a defender, e ia armado o contra-ataque, tentando explorar os erros contrários.

Assim aconteceu à passagem do minuto 66, quando após uma pontapé de baliza, Maicon cometeu uma fífia e não conseguir controlar esférico, permitindo que Walter Gonzalez ganhasse o lance e arrancasse para baliza do indefenso Casillas, ‘fuzilando’ para o 2-1.

Maicon, que saiu lesionado desse lance, não escapou aos ruidosos assobios vindos do ‘tribunal’ do Dragão, que ao mínimo passe falhado manifestava feroz desagrado.

Talvez enervados com os protestos das bancadas e com as contantes perdas de tempo do Arouca, os jogadores do FC Porto não mais se encontraram ofensivamente, e à exceção de uma perdida de Marega, não mostraram, até ao final, argumentos para inverter desaire e evitar os muitos protestos do público após o apito final.

 

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