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Vista Alegre continua a conquistar o mercado mundial

O projeto de requalificação do lugar da Vista Alegre, em Ílhavo, que é finalista da edição de 2018 dos prémios europeus RegioStars, procura garantir a preservação da identidade daquela empresa de porcelana e fortalecer a marca no mundo.

O projeto tem como âncora a ampliação e requalificação do Museu da Vista Alegre, mas este foi apenas um primeiro passo numa ação de requalificação do lugar da Vista Alegre, em Ílhavo, onde a fábrica foi fundada em 1824.

Com o apoio de fundos europeus, o grupo investiu 44 milhões de euros para “rejuvenescer” aquele lugar, ao dar nova vida à capela e ao teatro, modernizar a fábrica e reconverter o antigo palácio do lugar num hotel de cinco estrelas.

A intervenção da mais antiga empresa de porcelana do país está entre os finalistas dos prémios RegioStars 2018, um galardão com o qual a Comissão Europeia distingue projetos inovadores e de boas práticas de desenvolvimento regional, apoiados por fundos europeus. O vencedor será conhecido na terça-feira, numa cerimónia que terá lugar em Bruxelas, onde decorre a Semana Europeia das Regiões e das Cidades.

“Costumamos dizer que não somos uma fábrica qualquer, com uns barracões e umas máquinas. Somos uma fábrica com alma, que coloca o seu ADN em cada uma das peças”, disse à agência Lusa o administrador da Vista Alegre Paulo Soares.

Nesse sentido, o projeto de requalificação de todo o lugar onde a Vista Alegre nasceu procura dar seguimento à visão do seu fundador, José Ferreira Pinto Basto, que “teve sempre uma preocupação na parte social”, que oferecia creche, teatro e um clube de futebol para os trabalhadores.

“É uma fábrica que, quando se passa por fora, não se imagina que por dentro está uma fábrica de referência a nível mundial, em termos de tecnologia”, frisou Paulo Soares.

Segundo o responsável, o projeto de requalificação procura dar continuidade a essa marca da empresa, mantendo “a identidade cultural que a Vista Alegre tem e que não quer perder”.

“É a manutenção do espírito da Vista Alegre e não uma distorção, de recorrer a uma intervenção mais simples e passar para uma unidade industrial feita de raiz”, sublinhou.

Para Paulo Soares, essa identidade também contribui para “o reconhecimento mundial da marca”, assim como para o aproveitamento do património industrial como ativo turístico na região.

“Recebemos milhares de visitantes e muitos deles depois tornam-se consumidores”, referiu, salientando que o museu foi criado de novo para explicar a evolução da fábrica ao longo dos seus cerca de 200 anos de história, bem como a mudança das tendências mundiais do design.

Sobre a presença no grupo de finalistas dos prémios RegioStars, Paulo Soares frisa que essa nomeação dá “a possibilidade à Vista Alegre de permanecer e de olhar para um futuro com mais 200 anos para a frente”.

“Estamos muito orgulhosos de fazer parte desta história”.

Portugal tem quatro projetos entre os 21 finalistas dos RegioStars, dois do Norte e dois do Centro.

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