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Vinho do Porto quer ser “fashion”

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O vinho do Porto precisa de encontrar uma forma de voltar a ser “fashion” no Reino Unido, onde as importações decresceram, afirmou o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto.

O volume de negócios do vinho do Porto abateu 10% em 2014 para 45 milhões de euros, contra 50 milhões no ano anterior, apesar de o preço médio por litro ter subido 4%, de 4,98 para 5,17 euros.

O desempenho foi uma consequência da quebra em 13% das exportações para o segundo maior mercado estrangeiro do vinho do Porto, de 10 milhões em 2013 para 8,8 milhões de litros em 2014.

“Temos de encontrar uma forma de equilibrar aquilo que é a tradição que queremos manter e dar-lhe uma certa modernidade. Numa palavra em inglês, é encontrar a melhor forma de o vinho do Porto ser ‘fashion'”, disse Manuel Novaes de Cabral à agência Lusa.

O IVDP, admitiu, está “preocupado” com este desempenho, o primeiro negativo nos últimos três anos, num dos mercados de referência, e ainda está “a sentir o que se passa”.

Manuel Cabral está confiante na necessidade de persistir nos convites a bloguistas ligados ao turismo e “lifestyle”, que decorre há cerca de três anos e que antes eram só direcionados a especialistas em vinho.

“Os vinhos da região demarcada do Douro, no sentido mais lato, valem mais se estiverem ligados ao território”, enfatizou.

A estratégia de promoção do vinho do Porto, defende também, deve passar por mostrar que, para além de um vinho doce e de maior graduação alcoólica, tem uma grande diversidade em termos de categorias e que a experiência pode melhorar simplesmente se for bebido num copo grande e servido fresco.

“Permite apreciar com maior precisão as características organoléticas do vinho”, garantiu.

O presidente do IVDP, que falava na embaixada de Portugal na capital britânica, onde se realizou uma prova de vinhos do Douro por parte de 23 produtores, rejeitou que estes estejam agora mais empenhados nos vinhos tranquilos e menos nos vinhos do Porto que também produzem.

Só em 2014, as exportações dos vinhos da Região Demarcada do Douro para o mercado britânico cresceram 20% em termos do volume de negócios, para 2,5 milhões de euros.

“Ninguém quer matar a galinha dos ovos de ouro”, disse, sugerindo: “O [vinho do] Porto tem maior projeção do que Portugal”.

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