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Vaticano alerta para “crimes inenarráveis” em nome da religião

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, mostrou a sua preocupação com as perseguições contra minorias religiosas, numa intervenção pronunciada durante a I Cimeira Humanitária Mundial da ONU, em Istambul.

O representante da Santa Sé na iniciativa que decorreu desde segunda-feira na cidade turca disse que é necessário não ficar calado “diante de crimes inenarráveis” cometidos “em nome da própria religião”.

O líder da diplomacia do Vaticano manifestou o apoio da Igreja Católica a “todas as ações oportunas e decididas para prevenir e colocar um ponto final a atos de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra”.

Esta foi a última intervenção do cardeal italiano na iniciativa da ONU sobre os principais desafios mundiais e resposta às crises humanas.

A Santa Sé condenou “todos os atos de violência” contra mulheres e meninas, em particular o recurso à violação como “tática de guerra e de terror”.

D. Pietro Parolin afirmou ainda que a ajuda humanitária não deve ser usada como “instrumento de pressão política, económica ou ideológica”, abordando a este respeito questões ligadas à defesa da vida.

“A Santa Sé sublinha que na legislação internacional dos direitos humanos e no direito humanitário internacional não há um direito ao aborto”, observou.

Mais de 50 líderes mundiais dos quatro continentes e 5000 intervenientes marcaram presença nesta Cimeira Humanitária Mundial, debatendo linhas de ação e compromissos concretos comuns com o objetivo de garantir a Agenda para a Humanidade 2030.

A delegação portuguesa, liderada pelo primeiro-ministro, António Costa, incluiu o ex-alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), António Guterres, bem como a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.

O Papa enviou uma mensagem aos participantes nesta primeira Cimeira Humanitária Mundial das Nações Unidas, reunidos na Turquia, pedindo um compromisso da comunidade internacional em favor dos refugiados e dos mais desfavorecidos.

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