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Valorizar o centro histórico da Praia da Vitória

© Simão Freitas

Esta semana anunciámos um pacote de medidas para a revitalização do centro histórico da nossa cidade. Como não queremos ser acusados de falta de originalidade no nome que lhe atribuímos, batizámo-lo de Plano de Valorização do Centro Histórico da Praia da Vitória. E em que é que consiste este plano? Será outra coisa parecida com o PREIT? Não, por 2 motivos óbvios: 1. Este é um plano para ser cumprido com celeridade; 2. Este é um plano que apenas depende de nós.

Quanto a medidas, a vertente de mobilidade deste plano prevê a reorganização do trânsito da cidade, a contar com a tão badalada abertura da Rua Jesus. “E o problema da calçada escorregadia?”, questionarão muitos. “E em dias de festa?”, advertirão outros. “E passeios?”, outros ainda. Limitar a velocidade do trânsito nesta rua, delimitar os passeios com pequenos postes ou varandins, sem esquecer as questões de acessibilidade (afinal todos têm direito de ir às compras à cidade) são algumas das soluções que estão em cima da mesa e que podem responder a todas estas questões. A calçada bonita mantém-se e a rua terá a possibilidade de utilização mista, para que em dias de festa possa ser fechada ao trânsito.

Queremos repensar também a questão dos parquímetros. Ora, se esta maquineta foi criada para controlar e racionalizar o estacionamento e utilização de vias e parques públicos em áreas adensadas, então, neste momento, não tem qualquer utilidade na nossa cidade. Se pensarmos na questão dos parquímetros por este prisma e não como fonte de financiamento da autarquia, é-nos muito mais fácil encarar esta medida como 1 grande passo para a resolução do problema do nosso centro histórico. Obviamente que o contrato com a empresa que, neste momento, gere os parquímetros terá de ser analisado, mas não pode ser justificação para a inação de uma autarquia. Assim como, a hipótese de uma medida de estacionamento condicionado, que não permite que carros fiquem parados dias-e-dias no mesmo local e que a cidade se vá transformando numa sucata, também está a ser analisada por nós.

Estas medidas aliadas à possibilidade de redução de alguns encargos às empresas do centro histórico, como as despesas com a recolha de resíduos e fornecimento de água, e a outras medidas como a alteração do horário das recolhas de lixo na cidade, horário de abertura dos WCs públicos e horário de cargas e descargas, podem ser um chamariz para as empresas que aqui se queiram fixar.

No nosso entender a agenda cultural será a cereja no topo do bolo deste Plano de Valorização do Centro Histórico da Praia da Vitória. Queremos que seja concertada com as nossas freguesias e, se possível, com a autarquia vizinha, pois não faz sentido que numa ilha tão pequena tenhamos a sobreposição de bons eventos em ambos os concelhos. Para além disto, está prevista neste plano a devolução de serviços públicos ao centro da cidade, assim como a implementação de algumas novidades na cidade, que a seu tempo serão tornadas públicas. Também a aposta nas energias renováveis será privilegiada neste “novo” centro histórico. Esta cidade está com uma enorme sede de movimento, gente, turistas e clientes. E se conseguirmos criar esta dinâmica cultural, social e económica, então sim estaremos no rumo certo.

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