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Utentes pedem fim das portagens na A4

A Comissão de Utentes da A4 reclamou este domingo a abolição imediata de portagens na autoestrada estrada A4 (Amarante/ Quintanilha/ Bragança), considerando que há condições políticas na Assembleia da República que podem viabilizar a proposta.

Em declarações prestadas a agência Lusa, o porta-voz da Comissão de Utentes da A4, Nuno Bilber, disse que a introdução de portagens autoestrada A4 tem impactos negativos em toda a atividade económica da região.

“A introdução de portagens na A4 é limitadora do direito à mobilidade das populações e acesso aos serviços públicos, designadamente na saúde e justiça, com consequências no agravamento das assimetrias regionais”, justificou.

A tomada de posição foi assumida numa altura em que foi anunciada a abertura do túnel do Marão para o dia 07 de maio e dado a conhecer o valor das portagens para atravessar a infraestrutura rodoviária que liga Amarante a Vila Real.

As portagens no Túnel do Marão, que ligará Amarante a Vila Real, vão custar entre os 1,95 euros para os veículos classe 1 e os 4,90 para os de classe 4, disse hoje fonte oficial.

As portagens a praticar na Autoestrada do Marão são de 1,95 para veículos de classe 1, de 3,40 (classe 2), 4,40 (classe 3) e 4,90 (classe 4).

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) anunciou que entregou na Assembleia da República um projeto de resolução em que recomenda ao Governo a abolição das portagens na autoestrada A4.

O PEV defende também que não sejam instalados novos pórticos na A4, em toda a sua extensão, que serve os distritos de Vila Real e de Bragança.

“Os Verdes” justificam as duas reivindicações porque a autoestrada está localizada “em regiões cujos indicadores de desenvolvimento socioeconómico são inferiores à média nacional” e “por não existirem alternativas de oferta no sistema rodoviário”, indica o partido, em comunicado.

Além disto, acrescenta o PEV, a abolição das portagens e a não instalação de novos pórticos ao longo da A4 são “uma forma de compensar as regiões do país com medidas de discriminação positiva, tendo em conta as disparidades regionais existentes”.

No projeto de resolução, o grupo parlamentar de “Os Verdes” defende que a introdução de portagens na A4 causou “graves prejuízos” à região e às suas populações.

“A introdução de portagens na A4, veio ainda contribuir decisivamente para fragilizar a qualidade de vida das populações, sobretudo com menos recursos, mas também provocar uma forte perda na competitividade destas regiões, agravando ainda mais a economia regional e penalizando as empresas instaladas na região transmontana, com graves prejuízos para o emprego e para a região”, refere o partido.

Na sexta-feira, também o Bloco de Esquerda entregou no parlamento três projetos de resolução em que recomenda ao Governo a abolição das taxas de portagem nas autoestradas A4 (Porto/Quintanilha/Bragança), A24 (Viseu/Chaves) e A25 (Aveiro/Vilar Formoso).

Nos documentos, o BE propõe “a abolição imediata” da cobrança as portagens “em todos os troços” daquelas autoestradas.

Nuno Bilber recordou que em 2014 foi entregue na Assembleia da República uma petição intitulada “Não as portagens na A4” e que juntou cerca de seis mil assinaturas.

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