De que está à procura ?

Portugal

Universidade da Covilhã quer apostar nos estudantes Erasmus

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, pretende continuar a apostar na atração de estudantes estrangeiros, tendo como objetivo que nos próximos anos este representem cerca de um terço do número global de alunos.

“É hora de sermos a universidade de escolha de jovens de outras nacionalidades: brasileiros, angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos, são-tomenses e outros jovens de além-mar que ambicionam uma formação superior de inquestionável qualidade”, afirmou o reitor da UBI, António Fidalgo, durante a sessão solene de comemoração dos 30 anos da universidade.

Especificando que, dos cerca de 7.000 alunos que a UBI tem atualmente, 639 já são de outros países, António Fidalgo referiu que a UBI pretende “aumentar significativamente” este número, de modo a garantir a sustentabilidade demográfica da instituição.

“É importante que nos próximos anos alcancemos entre um quarto a um terço de alunos estrangeiros para assim fazer frente à baixa significativa de alunos nacionais que as instituições de ensino superior portugueses, em particular as do interior, sentirão a partir de 2020”, apontou.

De acordo com o responsável, a UBI tem estabelecido contactos com vista a estabelecer parcerias com outros países, designadamente com Angola.

“Neste momento, a UBI tem já cerca de meia centena de alunos bolseiros do Instituto Nacional Angolano de Bolsas de Estudo e o senhor ministro [do Ensino Superior de Angola, que visitou a universidade em fevereiro] foi muito claro na afirmação de que seria dada primazia à UBI em relação às grandes universidades do litoral para enviar os bolseiros angolanos”, especificou.

António Fidalgo sublinhou ainda as condições “ímpares” que esta universidade do distrito de Castelo Branco tem para receber alunos e destacou que a “mobilidade própria do ensino superior universitário” também pode beneficiar a região.

“Acredito que se amanhã tivermos três mil alunos estrangeiros a frequentar a UBI, recebendo eles a visita de familiares e amigos dos países de origem, conseguiremos que uma parte opte por ficar e se estabelecer na região para viver, trabalhar e montar o seu negócio”, fundamentou.

Já a presidente da Associação Académica da UBI, Francisca Castelo Branco, aproveitou a ocasião para reivindicar a redução do valor das propinas, medida que, defendeu, também pode ajudar a atrair novos alunos.

Além disso, a nível estatal, e numa interpelação direta à tutela, apelou à manutenção do “Mais Superior”, sublinhando a importância do mesmo para a academia, instituição de ensino superior que registou grande taxa de adesão a este programa.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA