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“Trol”(iteiros)

© Pixabay

Um só artigo de opinião justificou o fenómeno. Aos que apreciaram e aos que contestaram – todos os comentários são bem-vindos – juntaram-se desta vez mais “trol”. Definição: 1. No folclore escandinavo, criatura imaginária, geralmente de aparência feia e que tanto pode ser muito grande ou muito pequena; 2. Pessoa feia, desagradável ou pouco inteligente; 3. Pessoa que participa em fóruns de discussão pública na Internet com o único objetivo de perturbar o debate (Dicionário Infopédia).

O texto foi sobre os incêndios. Sumariaram-se factos que, razoavelmente, se acha não são normais. Salvo exceções, não se fizeram referências particulares ao Governo – alguns dos exemplos atravessaram vários – ainda que tendo presentes regras que se suporia consolidadas em democracia, por ditarem que, independentemente de todas as partilhas, há responsabilidades políticas que só quem manda pode aceitar, com consequências dignas de registo. Foi sempre assim, Jorge Coelho, a par de outros, que o diga, corajoso na decisão encarada sem grandes dúvidas, faz tempo. Hoje, quando se sabe que tudo falhou, não se lhe seguem os passos.

Desta vez, as palavras escritas sobre acontecimentos recentes e atuais, soltaram na Internet a horda “trol”, mobilizada à Esquerda para afirmar uma contranarrativa aflita e ajeitada à pressa. Repetiram-se comentários à volta de eucaliptos, submarinos e expressões deprimentes – “pafiano” à cabeça, descurando que para o centro-direita, “pafiano” é o contraponto honrado de quem insistiu pagar as contas que os outros, os “das bancarrotas” deixaram – com costumeiro abuso nos erros de ortografia. Não pecaram pela imaginação, reforçando em duas ou três generalidades básicas, o “leitmotiv” que pretende afastar da discussão o essencial.

O “trol” é uma ficção. Não existe realmente. Não se assume, não tem pensamento próprio, nem grande coluna. Usa nomes falsos, sem rostos, que quando exibe, normalmente também não são seus.

Esforça-se por parecer boçal, mesmo se veste fato e gravata, acreditando nos especialistas que lhe dizem que representar a ignorância semianalfabeta carregada de opinião, perante quem lê, ajudará a reforçar a posição encomendada.

O trol é “toca e foge”. E muitas vezes é pago.

Pudesse encarnar realmente em gente, a personagem que veste, o “trol” comeria com as mãos, que limparia à toalha.

Valha-nos poder ter na política, em cada “trol”, um barómetro. Quanto mais ativos, melhor sinal de que o que se quis dizer passou. No caso, deixaram claro que a publicação de há 8 dias foi lida com a devida atenção. Ótimo.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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