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Três acontecimentos interessantes

O que vos vou narrar, são casos passados, há muitos anos: dois em Vila Nova de Gaia e um na cidade do Porto.

Todos desconhecidos do grande público porque, os intervenientes apenas revelaram o que lhes acontecera a amigos e familiares.

O primeiro passou-se na Rua Soares dos Reis, 117, em Gaia, na residência de Francisco Pinto de Sousa Figueiredo, casado com Dona Augusta Lencastre e Menezes.

Estando em oração, diante do santuário, envolto em acolhedora penumbra, de súbito, uma luz forte irradia da imagem de Jesus, iluminando toda a sala.

Francisco ficou assombrado e confuso. Pensou que a claridade intensa, e ao mesmo tempo suave, que não lhe ferira a vista, fosse fruto da imaginação. Uma simples alucinação visionária.

Ao regressar ao quarto contou à esposa o que lhe acontecera, manifestando a sua preocupação.

Também ela, que estava deitada, vira a “luz” da sala contígua e também não descortinara donde surgira a misteriosa claridade.

Francisco Figueiredo, que nascera a 29 de Janeiro de 1880, é pai do ex-deputado socialista, Menezes Figueiredo.

Outro caso insólito.

Dona Júlia Rosa da Silva Paulos, certa manhã, com amigas, fora assistir à missa na igreja de S. Francisco, no Porto.

Ficara em oração após o culto.

Ao sair com as amigas pela porta lateral, depara com uma estranha procissão, de fiéis, trajados de vestes desusadas, caminhando lentamente, entoando hinos desconhecidos.

Receosas as senhoras retrocederam.

Ao interrogarem, mais tarde, o sacerdote, sobre o estranho cortejo, este declarou-lhes que não houvera qualquer procissão nesse dia.

Ficaram estarrecidas e interrogavam-se sobre a singular e misteriosa visão.

Dona Júlia, vivia na Rua General Torres, 157, em Gaia. Faleceu a 23 de Maio de 1937.

Era cunhada de Dona Ana Leopoldina, amiga da “ santinha” de Arcozelo.

O último caso, também bastante curioso – e mais conhecido, – é o de Ermelinda Vieira, natural de Baião, que vivera na Barrosa, em Gaia, na Rua Carlos Guedes de Amorim, 114 – casa 2.

Pela Quaresma apareciam-lhe estigmas nas mãos e no rosto; feridas que desapareciam na Páscoa.

Dizem que passava dias em êxtase.

Era visitada, entre outros, pela vicentina Dona Cândida Pacheco, pelo Padre Correia, do Candal, e pelo Padre Vitorino, de Santa Marinha.

Quando faleceu, a 27 de Maio de 1969, saiu de casa em caixão aberto, acompanhado pela banda “1º de Agosto “, seguida por multidão que a acompanhou até ao cemitério.

Graças a Joaquim Leite, Presidente da Junta de Santa Marinha (que atendeu o pedido do povo da Barrosa), Ermelinda Vieira encontra-se numa capela, à entrada da porta superior do cemitério.

São três casos, quase desconhecidos, mas dignos de registo, que fazem pensar e meditar.

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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