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Trabalho realizado em Coimbra premiado em França

O trabalho de um grupo de médicos internos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi premiado em França, no Congresso Europeu de Cirurgia de Ambulatório, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória.

Em declarações à agência Lusa, a porta-voz Inês Mesquita disse que o estudo pretendeu conhecer a taxa e compreender as razões do adiamento e da exclusão dos doentes para cirurgia de ambulatório na Unidade de Cirurgia Ambulatória (UCA) do CHUC para estabelecer estratégias para a sua diminuição.

“Ainda existe algum caminho para andar relativamente ao cumprimento dos protocolos e nos critérios de inclusão”, sublinhou a médica.

O estudo, orientado por Maria Lurdes Bela, responsável pela UCA, analisou o registo das consultas de anestesia entre julho de 2012 a junho de 2013.

O grupo analisou os processos de 3.129 doentes submetidos a cirurgia, dos quais 2.129 foram avaliados em consulta de anestesia, e concluiu que é possível melhorar a performance daquela unidade.

De acordo com Inês Mesquita, “é possível diminuir” o número de casos de doentes excluídos de cirurgia ambulatória por ausência de exames complementares de diagnóstico e patologias cardiovasculares e excesso de peso ou obesidade.

“A aplicação dos protocolos (nem sempre cumpridos) e o estudo direcionado de patologias na consulta pré-operatória cirúrgica reduzirão os números”, disse a investigadora.

De acordo com a médica, a “comunicação entre serviços de anestesiologia e cirurgia deve ser otimizada e todos devem ser rigorosos na aplicação dos critérios de elegibilidade”.

O estudo foi premiado em janeiro, em França, com o prémio de melhor comunicação livre do Congresso Europeu de Cirurgia de Ambulatório.

A comunicação foi proferida por Inês Mesquita, de 30 anos, médica interna de formação específica, com mestrado integrado em Medicina, e aluna doutoranda em Ciências da Saúde na Universidade de Coimbra.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória, citado num comunicado daquela entidade, “esta distinção é o reconhecimento da elevada qualidade da investigação na área de Cirurgia de Ambulatório que se tem praticado em Portugal”.

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