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Suzanne Cotter quer dar novo impulso ao Museu de Arte Moderna do Luxemburgo

A ex-diretora do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Suzanne Cotter, que em janeiro assumiu a direção do Museu de Arte Moderna (MUDAM), no Luxemburgo, disse esta quarta-feira à agência Lusa querer dar um “novo impulso” ao museu.

“Quero dar um novo impulso ao museu, aliás essa é a expectativa dos que me nomearam”, afirmou, à margem do ciclo de conferências “Porto Tónico @50”, na Universidade Católica Portuguesa, onde era convidada, no Porto.

Suzanne Cotter, desde 01 de janeiro diretora do MUDAM, revelou que o novo desafio está a ser “muito estimulante”, porque tem “grande liberdade” para decidir e projetar, sublinhando que o MUDAM é “lindíssimo, muito movimentado e com uma arquitetura fantástica”.

Falando num desafio muito diferente, comparativamente a Serralves, no Porto, a diretora realçou que o MUDAM é “mais jovem”, tendo apenas 11 anos de existência, estando na altura de definir o seu projeto.

Quanto à exposição dedicada ao artista português João Penalva, a inaugurar na sexta-feira, 02 de março, comissariada por Clément Minighetti, Suzanne Cotter revelou não ter tido intervenção porque, quando assumiu funções, grande parte da programação já estava feita.

“Fiquei muito feliz por saber que temos esta exposição de João Penalva, que conheci em Portugal”, frisou.

A diretora adiantou que o MUDAM tem “bastantes” obras de artistas portugueses, não só porque grande parte da população do Luxemburgo é portuguesa, mas porque são artistas de primeira classe.

Cotter, de nacionalidade australiana e inglesa, foi anunciada como diretora do Museu de Arte Contemporânea de Serralves a 08 de outubro de 2012, substituindo no cargo João Fernandes.

Na altura, o então presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, Luís Braga da Cruz, disse que Cotter ficaria à frente do museu de Serralves por um período de “4/5 anos, renovável apenas por mais um mandato”, algo que acabou por não acontecer.

Com uma formação de base em Ciências Aplicadas, Cotter enveredou depois por uma licenciatura em História de Arte, na Universidade de Melbourne.

Em 1991, Cotter deslocou-se para a Europa, onde fez cursos de História de Arte em Paris e Londres.

Durante a sua passagem pelo Guggenheim, Cotter foi ainda cocuradora da 10.ª Sharjah Biennial, nos Emiratos Árabes Unidos.

Entre 2006 e 2007, fez uma pós-graduação em gestão Cultural na City University London, promovida pela União Europeia, destinada a mulheres com papéis de liderança na área cultural.

Cotter trabalhou, entre 2002 e 2009, na galeria Modern Art Oxford, como curadora sénior e vice-presidente.

Anteriormente, de 1998 a 2002, foi curadora na Galeria Hayward, também no Reino Unido.

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