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Suíça: situação profissional dos imigrantes melhorou

A imigração na Suíça é principalmente motivada por razões profissionais e cerca de 70% dos imigrantes, incluindo os portugueses, disseram que a sua situação profissional melhorou, segundo um estudo hoje divulgado pela imprensa suíça.

De acordo com o jornal 24 Heures, estes são dados preliminares de um estudo do Centro Nacional de Pesquisa/NCCR – “Em Movimento” (Pôle National de Recherche/NCCR – “On the Move”).

No estudo “Migração – Mobilidade Levantamento”, investigadores da Universidade de Genebra (UNIGE) entrevistaram, no final de 2016, seis mil pessoas que chegaram à Suíça desde 2006, disse Phlippe Wanner, vice-diretor do NCCR – “Em Movimento”, ao 24 Heures.

Os imigrantes estudados são de onze países ou regiões, nomeadamente Áustria, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Portugal, América do Norte, América do Sul, Índia e África Ocidental.

“Ficámos um pouco surpreendidos com o nível de satisfação dos imigrantes”, disse ao jornal o professor Wanner, que é também diretor do Instituto de Demografia e Sócio-Economia da Universidade de Genebra (UNIGE).

Cerca de 70% dos imigrantes associaram a imigração para a Suíça com a melhoria na sua situação de emprego, sendo que apenas 12% disse que era superior antes de imigrar para a Suíça.

Foram observadas diferenças significativas dependendo da origem dos imigrantes.

Para mais de 75% dos imigrantes do sul da Europa (Portugal, Itália e Espanha), a situação melhorou, enquanto a melhoria é menos marcante para as pessoas provenientes da América do Norte, América do Sul e Reino Unido (60%).

Quando questionados sobre as suas motivações para emigrar, quase dois terços (62%) dos imigrantes citaram razões profissionais.

No entanto, os cientistas referiram que há grandes variações entre países: enquanto esta proporção excede 65% em relação aos cidadãos do Reino Unido e dos países vizinhos da Suíça, é inferior a 60% para aqueles que são da Espanha, de Portugal, da América do Norte e da Índia.

Apenas 20% dos migrantes da África Ocidental e América do Sul disseram que sua imigração foi motivada por fatores profissionais. Para eles, a família é um dos principais motivos citados (65%).

Além disso, a situação degrada-se mais frequentemente para as mulheres (15%) do que para os homens (10%). Para as pessoas da Índia, a melhoria na situação do emprego é predominantemente para o sexo masculino.

O NCCR – “Em Movimento” é coordenado pela Universidade de Neuchâtel. Uma dúzia de investigadores vai agora desenvolver os vários aspetos deste estudo, que deve ser o tema de um livro que será apresentado no final de 2018, segundo o professor Wanner.

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