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Sub-21 deixam escapar o Europeu nos penáltis

A seleção portuguesa de futebol de sub-21 falhou a conquista inédita do título europeu da categoria, ao cair por 4-3 nas grandes penalidades, em Praga, face à Suécia, após uma campanha sem qualquer derrota.

Entre qualificação e fase final, Portugal somou 12 vitórias e três empates, mas este último remeteu a decisão para os penáltis e os nórdicos levaram a melhor, arrebatando a final da 20.ª edição e o seu primeiro cetro, sucedendo à Espanha.

Depois do 5-0 à Alemanha, nas meias-finais, o ‘onze’ de Rui Jorge era apontado como favorito e entrou a justificar o estatuto, só que não marcou quando dominou e, como o passar do tempo, perdeu o comando do jogo, mesmo sempre com mais bola.

Com o acumular do desgaste, Portugal passou mesmo por grandes dificuldades na parte final do tempo regulamentar e no início do prolongamento, conseguindo, depois, recompor-se, mas sem nunca mais criar verdadeiro perigo.

No desempate por penáltis, José Sá ainda deu vida a Portugal ao sétimo pontapé, de Khalili, imediatamente após Ricardo Esgaio falhar, e João Mário empatou a 3-3, mas, depois do benfiquista Lindelöf fazer o 4-3, William Carvalho não conseguiu bater Carlgren, entregando o título aos nórdicos.

Os dois selecionadores não trouxeram surpresas para a final, com Portugal a repetir o ‘onze’ do anterior embate com os suecos, face à recuperação do central Tiago Ilori, e a Suécia a optar pela equipa inicial das meias-finais.

Talvez ainda ‘embalado’ pelos 5-0 à Alemanha, Portugal entrou muito bem, criando duas boas oportunidades nos primeiros sete minutos, com Ricardo Pereira a atirar às malhas laterais e Sérgio Oliveira à barra, de livre direto.

A Suécia não demorou mais do que 10 minutos a estabilizar e a equilibrar, mesmo sem criar grande perigo para José Sá, que segurou sem problemas um cabeceamento de Kiese Thelin (12 minutos) e um remate de fora da área de Tibbling (25).

O conjunto das ‘quinas’, caindo muitas vezes em fora de jogo, passou a ter dificuldades em criar perigo, o que só voltou a acontecer aos 38 minutos, numa jogada entre João Mário e Ricardo Esgaio, que terminou com um remate falhado do médio.

Os suecos reentraram com Baffo no lugar de Helander e, aos 52 minutos, criaram a sua melhor oportunidade, num remate de Guidetti que saiu a rasar a barra, depois de um amortecimento de cabeça de Kiese Thelin.

Na resposta, aos 53 minutos, Sérgio Oliveira atirou ao lado e, logo a seguir, foi substituído por Tozé, com Rui Jorge a demorar apenas mais sete minutos a voltar a mexer, agora colocando em campo Iuri Medeiros no lugar de Ivan Cavaleiro.

Os dois substitutos fizeram-se notar rapidamente, com Tozé a rematar de fora da área aos 61, 63 e 69 minutos, o segundo para defesa complicada de Calgren, e Iuri a fletir da direita para o centro e a atirar muito perto do poste direito, aos 64.

A 20 minutos do fim, Gonçalo Paciência foi a última aposta lusa, saindo Ricardo Pereira, mas a parte final pertenceu aos suecos, com Guidetti a ter duas excelentes ocasiões, anuladas por Ilori, aos 80, e José Sá, aos 86.

A seleção lusa continuou a ter mais tempo a bola no início do prolongamento, mas, melhor em termos físicos, voltou a ser a Suécia a ameaçar, desta vez com um remate cruzado de Khalili, aos 95 minutos, que saiu a rasar o poste esquerdo.

Guidetti (100 minutos) e Khalili (103) voltaram a tentar na primeira parte do prolongamento, com Portugal, mesmo evidenciando muito desgaste, a conseguir ‘estancar’ a superioridade dos nórdicos na segunda.

Iuri Medeiros, Gonçalo Paciência e Tozé ainda tentaram evitar as grandes penalidades, mas não criaram verdadeiro perigo e, no desempate, venceram os suecos, por 4-3, com Ricardo Esgaio e William Carvalho a falharem.

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