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Sim, ao direito a morrer com dignidade

No passado dia 01 de fevereiro, na Assembleia da República, o tema da despenalização da morte assistida volta a ser discutido por causa da petição – “Direito a morrer com dignidade”, que já possui mais de oito mil assinaturas.

Foi há 15 anos que a Holanda deu luz verde às pessoas para decidirem se queriam ou não a realização da eutanásia, em caso de uma doença incurável, e em sofrimento profundo. Embora com algumas restrições (e bem, na minha opinião), a Holanda foi o primeiro país do mundo a dar um pontapé na suposta “ética”, e a permitir que os seus cidadãos, caso assim desejassem, morrer com mais um pouco de dignidade.

Não concordo com referendos quando o assunto toca a cada um de nós. É um assunto que embora seja bastante pertinente e obviamente muito complexo, é uma matéria íntima que diz respeito a cada individuo, e como tal, essa possibilidade já deveria existir em Portugal. Que autoridade tem as pessoas que estão contra a legalização da morte medicamente assistida, para decidirem a forma como as pessoas que se encontram em fase terminal degradante devem morrer? Nenhuma!

Que sociedade é esta que impõe restrições à dignidade de cada cidadão? Como é que dizem que vivemos num país livre, quando no momento em que mais desesperamos por independência, não a temos? Porque é que ainda não temos a liberdade, em perfeito controlo das nossas capacidades mentais, de pôr fim à angústia, do possível abatimento do nosso corpo? Será que temos de sofrer, juntamente com todos os que nos circundam, só porque eticamente não é aceitável?

Felizmente, para todos nós, já temos vários países que permitem aos seus cidadãos terem essa opção. Já são sete países (mais alguns estados dos Estados Unidos da América). Então aprendamos com cada um deles sobre direito e dignidade.

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