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Seis filmes portugueses no segundo Festival de Documentário de Macau em julho

Seis filmes de realizadores portugueses integram o segundo Festival Internacional de Documentário de Macau (FIDM ou MOIDF, na sigla em inglês), que arranca a 08 de julho, na Cinemateca Paixão.

“Ama-san”, documentário que Cláudia Varejão rodou no Japão, acompanhando uma comunidade de mulheres que se dedica à prática milenar de pesca por mergulho em apneia é uma das produções portuguesas apresentadas no certame.

Falado em japonês, com legendas em inglês e chinês, o filme premiado no DocLisboa 2016 resulta de um trabalho de pesquisa de Cláudia Varejão, no Japão, em torno de pescadoras que apanham moluscos e bivalves, mergulhando sem garrafas de oxigénio, respeitando técnicas tradicionais e rituais antigos.

Com um total de 27 filmes de várias partes do mundo, incluindo Taiwan e Hong Kong, o festival inclui uma Secção Portuguesa com cinco documentários.

“Rio Corgo” (2015), da polaca Maya Kosa e do português Sérgio da Costa, e que recebeu o prémio para melhor filme português no Festival DocLisboa, é o primeiro dos filmes em exibição nesta secção.

Outro dos destaques na secção dedicada aos criativos portugueses é a “A Caça Revoluções” (2014), o primeiro filme de Margarida Rêgo, uma animação experimental sobre fotografia, que tem como mote a Revolução de Abril de 1974, a partir de uma fotografia tirada na época.

“Balada de Um Batráquio” (2016), curta-metragem da realizadora Leonor Teles, vencedora do Urso de Ouro do Festival de Berlim e premiada no Festival Internacional de Cinema de Hong Kong em 2016, também vai ser exibida em Macau.

Do luso-americano Gabriel Abrantes chega “Uma Breve História da Princesa X” (2016), a escultura na base do escândalo do Salão Internacional de Arte de Paris, em 1920, dedicado ao escultor Constantin Brancusi e à escritora Marie Bonaparte, um filme que no ano passado teve a sua antestreia na Tate Britain, em Londres, no Reino Unido.

“Cidade Pequena” (2016), a curta-metragem que valeu a Diogo Costa Amarante o Urso de Ouro no festival de Berlim deste ano, encerra os filmes da secção portuguesa.

O 2.º Festival Internacional de Documentário de Macau é uma colaboração entre a Cinemateca Paixão e a Comuna de Han-Ian.

Assente em dois conceitos – “Tempo” e “Crescimento” –, e no tema “Imagem do Tempo”, o festival abre com “Small Talk” (Taiwan), uma complexa história sobre a cineasta Hui-chen, que venceu o Prémio Teddy para Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema de Berlim 2017.

A cineasta japonesa Naomi Kawase vai ser a “realizadora em foco” da segunda edição do FIDM, com a exibição de seis dos seus documentários, incluindo “Embracing”, “Katatsumori” e “Chiri”, os quais retratam a mesma personagem ao longo da vida.

Nascida em Nara, no Japão, Naomi Kawase tornou-se em 1997 a mais jovem realizadora de sempre a ganhar a Camera d’Or no 50.º Festival Internacional de Cinema de Cannes e vai estar em Macau para partilhar a sua experiência com o público.

Outros destaques do certame são o filme de ficção “Suzaku”, também de Naomi Kawase, “Brothers”, descrito como uma versão documentário do filme “Boyhood”, e “Still Tomorrow”, filme de Jian Fan sobre uma mulher agricultora que se torna poeta, distinguido no Full Frame Documentary Film Festival (IDFA).

O segundo Festival Internacional de Documentário de Macau termina a 30 de julho.

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