O presidente do Sporting de Braga rejeitou ficar com os louros dos sucessos do clube, atribuindo a vitória na Taça de Portugal de futebol a toda a estrutura.

“É evidente que ganhar a Taça de Portugal, depois de 50 anos, é uma marca importante, carregada de simbolismo. Os adeptos bracarenses e os próprios jogadores não ficaram indiferentes a este dia”, começou por dizer António Salvador, visivelmente emocionado após o triunfo da sua equipa sobre o FC Porto, na final.

O máximo responsável bracarense endereçou os parabéns aos jogadores, à equipa técnica e toda a estrutura, por terem trabalhado para que o “momento único” registado hoje com a conquista da segunda Taça de Portugal do historial do Sporting de Braga, precisamente cinco décadas depois da primeira, e recusou assumir-se como responsável pelos sucessos da equipa.

“O importante não sou eu, é o clube, são os adeptos, é toda a gente que trabalha dia a dia. Se vocês verificarem, nos últimos cinco anos, este clube esteve em quatro finais: uma da Liga Europa, uma da Taça da Liga, que conquistou frente ao FC Porto, duas finais da Taça de Portugal, uma das quais venceu hoje. Há três anos, caiu nas meias-finais da Taça de Portugal, foi vice-campeão nacional. Esteve duas vezes na Liga dos Campeões, esteve sempre na Liga Europa. Isso diz bem o crescimento sustentado deste clube”, enumerou.

O presidente confessou ainda que, desde o primeiro dia em que ocupou o cargo, nunca escondeu que gostava de ganhar o troféu, levantado hoje pela sua equipa.

“Isto é que é bonito. É uma tarde de futebol contra uma grande equipa, como o FC Porto, que hoje foi um digno vencido. Isso dignificou ainda mais a nossa vitória, porque hoje defrontámos uma grande equipa”, elogiou.

Questionado sobre a continuidade de Paulo Fonseca no banco do Sporting de Braga, Salvador recordou que o técnico tem contrato e que há um compromisso entre os dois para que este seja cumprido.

“É evidente que eu não tenho razões para que não continue. Hoje vamos festejar e a partir de amanhã trabalhar para a próxima época”, concluiu.