Sabe porque é que a NASA está a fazer investigações no Alentejo?
Dados recolhidos nos últimos anos permitem estabelecer uma relação entre as rochas de Cabeço de Vide, as de uma zona termal norte-americana e sedimentos dos solos marcianos.
Até ao momento, os cientistas já confirmaram a presença de dezenas de meteoritos oriundos de Marte no nosso planeta – o último terá caído em Marrocos, em julho de 2011 – que têm sido exaustivamente analisados.
A informação recolhida destes meteoritos foi relacionada com dados obtidos pelas sondas que estiveram no Planeta Vermelho e que serão agora completados com o trabalho do robô Curiosity – que se encontra neste momento a realizar uma missão de dois anos em Marte.
Graças a estes estudos, os cientistas sabem que “algumas rochas marcianas têm elementos e características hidrogeológicas idênticas às rochas e às águas de Cabeço de Vide e às de The Cedars, uma zona termal nos EUA”.
As rochas de Cabeço de Vide conferem às águas locais uma composição particular e o seu cheiro característico. Devido àquelas rochas, estas águas têm um pH de 11.5, sendo consideradas únicas a nível Europeu e somente comparáveis às que correm numa montanha norte-americana e às dos indícios da água detectados em Marte pelos cientistas.
Com base nesta informação, o astrofísico norte-americano Steve Vance, do Jet Propulsion Lab (JPL) da NASA, iniciou uma colaboração com investigadores do CEPGIST para relacionar e analisar os elementos destes três tipos de rochas e das respectivas águas, que poderão desvendar os mistérios da origem da vida na Terra e noutros planetas.