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RTP vai adotar uma lógica de serviço público

O presidente da RTP, Gonçalo Reis, afirmou hoje que haverá mudanças na RTP, que a equipa de gestão está a trabalhar nisso e que serão “comunicadas atempadamente” e sublinhou que o importante é “encontrar as melhores soluções”.

Questionado sobre se vai manter as estruturas de direção da RTP, uma vez que defende a estabilidade da empresa, Gonçalo Reis disse que “o contrato de concessão é um ponto muito importante” porque “dá enquadramento ao modelo” da RTP.

“Quando dizemos que a empresa precisa de estabilidade é porque esse é um facto, mas a estabilidade não é para ficar parada, é para fazer melhor e para fazer diferente e a RTP tem um histórico enorme de fazer melhor e fazer diferente”, acrescentou.

Agora, “vamos fazer as mudanças necessárias para a empresa funcionar melhor”, disse o presidente do Conselho de Administração, que falava à margem da assinatura do contrato de concessão de serviço público de rádio e televisão.

“Tudo terá o seu tempo e tudo terá uma lógica, não fazemos mudanças por mudanças, não mudamos pessoas por mudar pessoas, o que queremos encontrar é melhores soluções para devolver à RTP uma lógica de serviço público”, acrescentou.

“As mudanças têm um racional e estão enquadradas numa visão”, disse, sem avançar pormenores.

Questionado sobre se a administração já identificou quais serão essas mudanças, Gonçalo Reis afirmou: “Claro, mas estamos a trabalhar nisso e serão comunicadas atempadamente em conjunto”, defendendo que estas têm de ser “as corretas”.

Sobre o novo contrato de concessão, Gonçalo Reis adiantou que este “não prevê grandes mudanças”, mas antes é “mais um passo que solidifica o modelo”, incluindo já a presença do órgão de fiscalização e supervisão Conselho Geral Independente (CGI), que classificou como um “fator de civilização”.

Instado a comentar se o financiamento da RTP é suficiente (a taxa de contribuição para o audiovisual é responsável por 80% dos custos atuais da empresa), tendo em conta o novo contrato de concessão, Gonçalo Reis disse que isso “vai depender da capacidade da gestão encontrar as maneiras da RTP prestar um serviço público diferenciado e ao mesmo tempo ter eficiência organizativa para encaixar” os montantes.

Em relação aos direitos de transmissão da Liga de Campeões de futebol, Gonçalo Reis reiterou que “foi um investimento muito elevado, quiçá demasiado elevado”, adiantando que a RTP pagara 20% do valor “à cabeça”.

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