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Rota do Românico: Ponte do Arco

Com a visita à Ponte do Arco, construída sobre o rio Ovelha e que liga as margens das paróquias de Folhada e de Várzea da Ovelha e Aliviada, terminamos a nossa rota pelo concelho do Marco de Canaveses.

Esta Ponte é um daqueles monumentos cujo nome parece mesmo indicar que a sua construção é românica. E por que é que dizemos isto? Porque o nome “Arco” remete para o arco de volta perfeita, tão característico do estilo românico.

Mas não é bem assim! A verdade é que existem muitas dificuldades em saber qual é a data de construção desta Ponte, uma vez que a primeira referência que temos dela só aparece no século XVIII.

Assim sendo, podemos considerar a Ponte do Arco uma edificação tardia, correspondente aos finais da Idade Média ou inícios da Idade Moderna. Terá sido construída numa altura em que as pessoas se deslocavam regularmente entre terras próximas ou, de vez em quando, entre terras de média distância, para participarem numa procissão ou para a obtenção dos sacramentos em igrejas com sacrário. E para isso eram necessárias melhores vias e, consequente, pontes adequadas.

De estrutura simples, a Ponte do Arco é composta por um só arco, aproveitando as rochas das duas margens para lhe dar solidez. Num dos pilares da Ponte foi acrescentado um talha-mar. Sabe para que serve isto? O talha-mar serve para quebrar a força da corrente da água do rio e para suportar o embate de destroços trazidos por correntes fortes. Junto a este talha-mar há uma abertura, que permite a passagem de pessoas.

Numa das margens da Ponte encontramos umas alminhas. Lembra-se que também existiam alminhas na Ponte de Espindo, em Lousada, e na Ponte de Esmoriz, em Baião? E ainda se lembra qual era o motivo da sua existência? As pontes construídas durante a civilização romana eram conhecidas pela sua pouca segurança! Por exemplo, bastava haver uma cheia e as pontes caíam logo… Por isso, ao longo dos tempos, as pessoas tiveram sempre medo de atravessar uma ponte.

É por essa razão que, na Idade Média, era muito comum existirem junto às pontes pequenas alminhas ou capelas, onde as pessoas, antes de atravessarem, iam rezar e pedir aos santos uma boa passagem para o outro lado do rio. Mas as alminhas também podiam indicar o caminho que conduzia aos grandes santuários e romarias da região.

Boa travessia e até breve!

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