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Rei africano governa o seu país pela internet a partir da Alemanha

Gbi é uma das mais pobres regiões da África. No entanto, é por meio de tecnologia que o país tem sido governado pelo rei Céphas Bansah, que vive a cerca de sete mil quilómetros de distância, na cidade alemã de Ludwigshafen, e comanda seus súbditos na África por meio de e-mails, redes sociais e programas de chamadas telefónicas online.

“Governo nessas condições para ficar mais próximo das novas tendências e tecnologias e, assim, introduzi-las mais facilmente em minha nação” – na verdade, em seu país falta remédio e comida, mas não falta Internet. Bansah chegou ao trono antes de seu pai e de seu irmão mais velho porque ambos são canhotos e em Gbi não se admite que pessoas não destras tenham funções de destaque.

Justiça seja feita, porém, à austeridade do rei: ele não vive com dinheiro enviado por seus súbditos nem conta com a ajuda do governo alemão. Sobrevive trabalhando na sua oficina mecânica durante o dia. E dorme pouco porque à noite cuida do seu país por meio da Internet.

Céphas Bansah tem 66 anos e com o auxílio de ferramentas como o Skype e e-mails, além de um trono localizado em sua sala de estar, a majestade realiza a mediação entre os antepassados do seu povo e os vivos, além de ajudar a solucionar disputas tribais.

O problema de ser um rei, mas viver como um cidadão comum é que Bansah acabou se tornando um alvo fácil para ladrões. Há alguns dias, divulgou o jornal britânico The Independent, sua casa na Alemanha foi invadida e foram roubadas coroas e joias que pertenceram aos seus avós.

Bansah visita sua terra várias vezes durante o ano para ter um contacto direto com os desafios enfrentados por seus súbditos no dia a dia. A decisão de reinar longe de seu território foi tomada logo quando ele assumiu a coroa, no início dos anos 90. Acreditava que, da Europa, poderia ajudar mais.

Uma reportagem de António Carlos Lacerda para o jornal Pravda.ru

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