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Projeto de arquiteta portuguesa nomeado para prémio da UE

 O projeto do edifício Arvo Pärt Centre, liderado pela arquiteta portuguesa Alexandra Sobral, do atelier Nieto Sobejano Arquitetos, foi nomeado para o Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019, revelou a responsável.

Contactada pela agência Lusa, a arquiteta, que trabalha para o atelier espanhol, em Madrid, disse ter recebido a notificação da Fundação Mies van der Rohe “como o reconhecimento da qualidade de um projeto”.

“É uma etapa, um primeiro passo que nos deixa muito orgulhosos”, comentou ainda, sobre a nomeação, para este concurso que numa fase inicial seleciona dezenas de projetos e, numa fase posterior, seleciona os finalistas.

Em agosto deste ano, um concurso realizado pela Ordem dos Arquitetos selecionou cinco projetos de Portugal para serem integrados na lista de nomeados para o Prémio Mies van der Rohe 2019.

As obras selecionadas são: a Faculdade de Arquitetura, em Tournai, Bélgica (Aires Mateus), o Hotel Rural Casa do Rio (Francisco Vieira de Campos), o Terminal de Cruzeiros de Lisboa (João Luís Carrilho da Graça), o Jardim Botânico do Porto: Reabilitação da Casa Andresen e da Casa Salabert e das Estufas de Franz Koepp (Nuno Valentim, Frederico Eça e Margarida Carvalho), e Promise – Casa do Caseiro (Camilo Rebelo, Cristina Chicau e Patrício Guedes).

Quando ao projeto Arvo Pärt Centre, criado pela equipa liderada pela portuguesa Alexandra Sobral, foi construído entre 2016 e 2018, em Laulasmaa, na Estónia, e será a sede daquela entidade que acolhe o arquivo pessoal do compositor Arvo Pärt, com um auditório, biblioteca e espaços expositivos.

Foi criado para acolher músicos, investigadores e todos os interessados na obra do compositor erudito estoniano Arvo Pärt, nascido em 1935, que, em 1976, criou uma linguagem musical específica intitulada “tintinnabuli”.

“É um projeto muito especial porque é criado para celebrar e divulgar a obra de um compositor que ainda está vivo, o que é raro”, sublinhou Alexandra Sobral, que trabalha há 14 anos no atelier.

Quanto ao concurso realizado em Portugal, pela Ordem dos Arquitetos, que foi convidada a apresentar cinco candidaturas, recomendou ainda, na categoria “Arquiteto Emergente”, o trabalho efémero do pavilhão temporário Jardim de Serralves, de Diogo Aguiar.

O júri composto por Daniel Fortuna do Couto, Alberto Souza Oliveira, Carlos Antunes, Paulo Tormenta Pinto e Teresa Novais apreciou 31 propostas candidatas.

As cinco obras juntaram-se ao conjunto de nomeadas por diversas organizações profissionais, peritos e instituições dos países europeus, e serão avaliadas por um júri, com vista à constituição de uma lista de finalistas, que serão obrigatoriamente visitadas pela organização, até à atribuição do Prémio Mies van der Rohe.

De acordo com a Ordem dos Arquitetos portugueses, o júri escolheu as que, no seu entender, “melhor representam a produção arquitetónica em Portugal no biénio 2017-2018, contemplando diversas tipologias e enquadramento territorial, apreciadas de acordo com os critérios definidos para o prémio”.

O Prémio Mies van der Rohe Award tem distinguido diversos arquitetos no espaço europeu tendo, na sua primeira edição, em 1988, sido atribuído a Álvaro Siza pelo projeto da delegação do antigo Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde.

O Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe, no valor de 60 mil euros, foi instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, em Barcelona, e é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitetura.

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