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Produtores de refrigerantes vão processar o Reino Unido

A Coca-Cola e outros fabricantes de refrigerantes ponderam recorrer à justiça para tentar travar a intenção do Governo britânico de aplicar um novo imposto sobre as bebidas açucaradas.

O Orçamento do Estado do Reino Unido, que foi apresentado na semana passada, contém um novo imposto sobre as bebidas açucaradas, a “sugar tax”. Uma iniciativa que não está a ser bem acolhida por parte das principais fabricantes de refrigerantes com presença no Reino Unido, que admitem mesmo avançar para os tribunais.

Segundo avançou no último domingo o britânico Guardian, algumas das fabricantes de refrigerantes ponderam nesta altura avançar com um processo judicial contra a medida controversa anunciada pelo Governo britânico que, segundo o ministro das Finanças George Osborne, deverá entrar em vigor em 2018, permitindo no primeiro ano arrecadar receitas no valor de 520 milhões de libras (quase 666 milhões de euros).

Entre essas empresas destacam-se a Coca-Cola, a Ag Barr e a Britvic (que no Reino Unido fabrica a Tango, a 7Up e a Pepsi Max). Numa nota a que o Guardian teve acesso, uma fonte da Coca-Cola no Reino Unido garante que “temos de saber mais sobre o imposto e sobre a forma como o Governo pretende implementá-lo”.

A mesma fonte adianta ainda que só depois de as questões anteriores serem clarificadas é que “decidiremos acerca dos passos” seguintes a dar neste processo.

Uma das críticas apontadas é que a implementação desta medida implicará um custo de mil milhões de libras (cerca de 1,3 mil milhões de euros), praticamente o dobro das receitas que deverá gerar.

Este novo imposto implicará um custo adicional de 24 pence por cada litro das bebidas com teor açucarado mais elevado, um sobrecusto que o Guardian diz que poderá ser passado para as retalhistas e que resultaria num aumento da inflação.

O director-geral da Associação Britânica de Refrigerantes, Gavin Partington, citado pelo Guardian, considera que o enquadramento deste novo imposto “reafirma a nossa perspectiva de que esta taxa é infundada. As evidências não sugerem que seja efectiva e os contribuintes terão de pagar um preço elevado por isso”.

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