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Portuguesa acusa serviços sociais ingleses de lhe roubarem bebé

Portuguesa emigrada no Reino Unido, casada com um inglês e residente em Southampton, acusa os serviços sociais de lhe terem retirado o bebé com apenas cinco dias de vida.

Nas redes sociais, Iolanda Menino e Leonardo Edwards dizem que as autoridades lhes roubaram a criança, mas também contam que não abriram a porta à assistência médica quando estes ali se dirigiram para tratar da icterícia, entre outros episódios, divulgou o JN.

O consulado português tem estado “a acompanhar este caso de muito perto”. “Não podemos divulgar quaisquer detalhes por razões de confidencialidade, mas desde o primeiro momento fomos contactados por Iolanda Menino e entrámos em contacto com os serviços sociais britânicos que se ocupam do caso”. É ainda referido que “houve um contacto com um advogado constituído pelos pais, que entretanto já abandonou o caso”.

A secretaria de Estado das Comunidades está a “assegurar que os direitos da mãe e do bebé possam ser respeitados em termos de processo judicial”. Acrescenta que, “caso eles desejem que os familiares entrem num processo de custódia, isso poderá vir a ser garantido”. Uma das hipóteses será entregar a criança aos avós.

A história teve início a 1 de fevereiro, quando o bebé nasceu numa piscina improvisada no interior da residência do casal. Na página do Facebook, os pais contam que a parteira só chegou a casa dez minutos antes do nascimento do bebé, apesar de ter sido chamada seis horas antes e que, depois, dadas as dificuldades em retirar a placenta, esta não terá acompanhado Iolanda até ao Princess Anne Hospital. Iolanda teve de recorrer ao hospital “por ter perdido dois litros de sangue durante o parto”.

O mesmo relato dá conta de que o pai não soube dizer o nome da criança à chegada ao Hospital, nem sequer o seu sexo. E quando uma profissional de saúde foi lá a casa no dia 4 de fevereiro, o casal não abriu a porta, porque “Iolanda ainda estaria a dormir, a recuperar das seis horas de trabalho de parto”. O casal alega desconhecimento dos protocolos.

Depois disso, as visitas das autoridades terão esbarrado em obstáculos diversos e os pais acabaram por ver o filho ser levado pelos serviços sociais. Na interpretação dos progenitores, terá havido mau acompanhamento das entidades oficiais. Para as autoridades, houve sinais de negligência.

Na página do Facebook do pai, que possui um site de medicina alternativa (a mãe é fisiologista cardíaca), faz-se também apelo a ajuda monetária para pagar viagens e outras necessidades relativas a este processo e exibem-se fotos das várias fases do parto e parto. Esta quarta-feira, tinham sido 52 as pessoas a colaborar, somando-se 1235 libras (1528 euros). Apesar de tentativas repetidas, não foi possível chegar à fala com o casal.

Nos últimos anos têm surgido vários casos polémicos de crianças retiradas aos pais no Reino Unido. O sistema inglês é rigoroso na proteção da criança, desde que em 2007 um bebé de 17 meses morreu de ferimento graves provocados pelos pais, apesar de a família estar a ser acompanhada pelos serviços sociais. Em Portugal, a regra é ter em conta se a criança está em perigo, em Inglaterra é se “houver risco de futuro dano emocional”.

Por outro lado, a adoção naquele país tem regras muito vantajosas para as famílias de acolhimento, que podem ganhar valores elevados por cuidarem de uma criança, fruto de medidas que procuram contrariar a institucionalização.

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