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Português de Londres: é impossível evitar novos atentados

Pedro Fernandes, um português que reside a poucas centenas de metros de Westminster, mostrou-se resignado à iminência de mais atentados.

Embora seja algo “imprevisível”, considera outro atentado “impossível de evitar porque, embora as inteligências [serviços de informação] estejam sempre no seu melhor e evitem muitos ataques”, não acredita “que seja possível evitar”.

“Vai sempre haver isto enquanto houver este ressabiamento da parte destes grupos de terrorismo”, afirmou o antigo diretor do jornal Hora H.

Empresário radicado na cidade há 21 anos, natural de Vila Real, admite ser o português que mais perto vive de Westminster, residindo a apenas algumas centenas de metros.

Na quarta-feira, disse que teria passado à hora do ataque na ponte onde se iniciou o atentado não tivesse escolhido outra ponte para atravessar o rio Tamisa.

“Eu moro a sensivelmente a 300 metros da Westminster Abbey. Ali é a minha zona de recreio, é onde eu e a minha mulher vamos passear”, descreveu à Lusa.

Hoje, confessou sentir alguma consternação.

“Sinto de facto uma coisinha no coração, porque é ali que eu ando todos os dias. Os atentados que houve anteriormente nunca me tocaram deste modo porque aquilo que a gente vê não sente. Mas ali a coisa foi diferente. Afetou-me um pouquinho”, reconheceu.

Porém, também recusou deixar-se intimidar pelos terroristas, atitude que admira nos londrinos.

“É importante continuarmos o nosso modo de vida, com coragem, e seguir em frente. Se fizermos isso, é uma derrota para quem anda a espalhar o terrorismo”, enfatizou.

Na quarta-feira, um atacante, que a polícia identificou como sendo Khalid Masood, atropelou várias pessoas na ponte de Westminster, embateu na grade do parlamento britânico, abandonou a viatura e correu para o edifício, onde esfaqueou um agente da polícia.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje o atentado, que provocou quatro mortos, incluindo o atacante.

Pelo menos 29 pessoas estão hospitalizadas, sete das quais em estado crítico.

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