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Portugal participa em projeto europeu de deteção de fogos florestais

Portugal participa num projeto europeu de deteção e monitorização à distância de fogos florestais que combina o uso de veículos aéreos não tripulados e um pequeno satélite, cujo lançamento está previsto para setembro ou outubro.

Os prazos de lançamento do LUME 1, um satélite do tamanho de uma caixa de bolachas, foram avançados pela universidade espanhola de Vigo, que coordena o projeto, num encontro com a imprensa internacional.

O lançamento do microssatélite, o quarto construído pela Universidade de Vigo, será feito a bordo de um foguetão indiano ou da empresa privada norte-americana Space X.

Colaboram ainda no projeto “Fire RS” (WildFire Remote Sensing) o Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática (LSTS) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, especialista na construção e operacionalização de veículos não tripulados subaquáticos e aéreos, e o Laboratório de Análise e de Arquitetura de Sistemas do Centro Nacional de Investigação Científica de Toulouse, em França, que irá processar os dados.

A execução deste projeto-experimental, que, segundo o reitor da Universidade de Vigo, Salustiano Mato de la Iglesia, poderá ser testado em qualquer parte do mundo, termina em 2019 e tem um custo de 1,4 milhões de euros, suportado por fundos europeus.

De acordo com os promotores, o uso deste sistema permitirá a deteção, monitorização e gestão eficaz de um incêndio através de informação precisa e em tempo útil sobre a sua localização e progressão.

Desta forma, os bombeiros poderão tomar “melhores decisões” durante o combate às chamas, assinalou, em declarações telefónicas à Lusa, o investigador do LSTS da Universidade do Porto António Sérgio Ferreira.

Na prática, explicou, os veículos aéreos controlados remotamente vão “fazer o mapeamento do estado do incêndio” através das imagens das frentes de fogo captadas pelas suas câmaras, validando a informação transmitida por satélite e um primeiro alerta de chamas emitido por sensores térmicos colocados estrategicamente no terreno.

Todos os dados reunidos sobre o incêndio serão processados num centro de controlo no Laboratório de Análise e de Arquitetura de Sistemas de Toulouse, que concebeu um simulador de comportamento do fogo com base em algoritmos e informação meteorológica, como as características do vento.

Com esta ferramenta informática, será possível “inferir como o incêndio está a progredir, prever novas frentes que possam surgir”, adiantou António Sérgio Ferreira, considerando que as potencialidades do sistema poderão ser maximizadas com uma ‘constelação’ de microssatélites.

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