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Portugal e Califórnia vão cooperar na prevenção e combate a incêndios

O primeiro-ministro defendeu a necessidade de reforço da cooperação tecnológica e científica com a Califórnia na prevenção e combate a incêndios, mas frisou que nem mesmo o modelo californiano “altamente profissionalizado” evita fogos com consequências trágicas.

António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de uma hora com a autoridade para a prevenção e combate a incêndios da Califórnia, a ‘Callfire’ – último ponto do seu programa em Sacramento, antes de partir para Nova Iorque.

O primeiro-ministro começou por advertir que a Califórnia tem um modelo de prevenção e combate a incêndios diferente do português, “que assenta há décadas numa forma extraordinária que são os bombeiros voluntários”.

“O caminho para a profissionalização, especialização e aproximação entre prevenção e combate é mais difícil do que num país em que desde o início o sistema assentou na profissionalização. Mas demonstra-se que as alterações climáticas têm um impacto concreto e que, apesar da excelência do modelo altamente profissionalizado existente na Califórnia, nem por isso deixa de haver fogos com grandes dimensões e consequências trágicas”, afirmou o líder do executivo.

António Costa disse que estão a ser desenvolvidos contactos de instituições nacionais com o ‘Callfire’ da Califórnia para “reforçar as competências”.

“Estamos a ver como podemos trocar boas práticas e como podemos aprender uns com os outros. Neste encontro reparei que muitas das questões que aqui se colocam são exatamente as mesmas que discutimos em Portugal para responder a este desafio”, observou.

De acordo com o primeiro-ministro, desta cooperação com a Califórnia, Portugal pode beneficiar “relativamente à incorporação de novas fontes de informação via satélite, modelos de previsibilidade, dinâmica do fogo e competências de treino e formação”.

Em relação à ideia de ajuda mútua, António Costa manifestou-se mais reservado, alegando que o calendário das ameaças de fogos é idêntico na Europa do Sul e na Califórnia.

“Teremos ajuda mútua do ponto de vista de aplicações tecnológicas, tendo em vista a obtenção de informação mais cedo para uma melhor prevenção e um mais adequado pré-posicionamento de meios. Na questão da partilha de meios [humanos], com o Chile essa colaboração é possível”, sustentou o primeiro-ministro.

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