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Porto recebe congresso internacional para repensar futuro do trabalho

Mais de 150 catedráticos, investigadores e advogados de todo o mundo vão “perspetivar as condições de trabalho no ano de 2030” no Congresso Internacional Labour 2030, que ocorrerá na Alfândega do Porto nos dias 13 e 14 de julho.

Eduardo Castro Marques, presidente da Associação de Jovens Juslaboristas (AJJ) e membro da organização do primeiro “Congresso Internacional Labour 2030 – Rethinking the Future of Work” avançou, em entrevista à Lusa, que estarão presentes mais de 20 nacionalidades num evento onde o objetivo será perspetivar as condições de trabalho no ano de 2030.

Os debates serão, segundo Eduardo Marques, “um exercício de prognose sobre o futuro”, tendo em conta as variáveis da “robótica e informatização do trabalho” ou das “doenças oncológicos em contexto de trabalho”, áreas que o presidente da AJJ diz serem “estudadas em todo o mundo, mas com pouco ênfase em Portugal”.

Segundo um comunicado da organização, “mais de 150 catedráticos, investigadores e advogados de todo o mundo” serão palestrantes de debates sobre temas como “o trabalho em contexto de empreendedorismo tecnológico e ‘start ups’, as relações industriais e meio ambiente, a tributação do trabalho e segurança social numa economia cada vez mais global”.

Os vários debates e espaços para ‘networking’ procurarão responder a questões “fraturantes”, como “se os motoristas da uber são ou não trabalhadores”, e pretendem “mitigar as divergências entre os trabalhadores e os patrões, que acontecem em todos os países”, disse à Lusa Eduardo Castro Marques.

O responsável descreve o evento como o “primeiro congresso verdadeiramente internacional de Direito em Portugal, nomeadamente do Direito do Trabalho”, algo “inovador” já que “no mundo do Direito tudo ainda é feito de forma muito tradicional”.

O que torna o “Labour 2030” inovador, quando comparado a congressos semelhantes são, para o membro da organização do evento, ações como a votação que o público poderá fazer das melhores intervenções através da ‘app’ (aplicação móvel) do congresso, ou “o debate com quatro oradores em quatro continentes diferentes, em comunicação simultânea por Skype”.

Neste debate, sobre o futuro do trabalho numa perspetiva mundial, apenas o moderador vai estar presente fisicamente na Alfândega do Porto, o jornalista da Forbes Austrália, Kavi Guppta.

Eduardo Castro Marques acredita que o evento vai marcar a organização e a cidade do Porto, da perspetiva do mundo do Direito do Trabalho, “pelo menos durante uma década”.

“Nesta área já se fala deste congresso por todo o mundo e ainda não aconteceu. Em Portugal vai romper também com o paradigma da organização destes eventos sempre em Lisboa”, disse o presidente da Associação de Jovens Juslaboristas.

A AJJ é uma associação do direito de trabalho, sediada no Porto e que, apesar de “jovem”, é aberta a qualquer interessado no tema. Para organizar a primeira edição do Labour 2030 a AJJ associou-se à Law Academy, associação criada por uma sociedade de advogados que visa fazer a ponte entre os estudantes de Direito e o mundo do trabalho, e à comunidade ibero-latina Cielo Laboral, uma associação do direito do trabalho fundada em 2015.

As inscrições para assistir ao congresso estão disponíveis online e incluem a participação em todas as sessões, acesso à aplicação móvel dedicada ao congresso, bem como aos almoços dos dois dias de evento. Os participantes poderão ainda optar pela inscrição num jantar de networking e numa visita guiada à cidade do Porto.

 

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