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Poeta cubista

O poeta hipercúbico sentou-se
ao quadrado, de pernas em losango

puxou do esquadro
e a compasso dividiu o granulado
multiplicou o resultado

subtraiu-se à raiz rectangular
que o oprimia na esfera
aumentou o raio de acção
da sua própria quimera

o binómio secreto da vida
fracção de matéria e energia
tangente persistente e consentida
ao máximo expoente:
escrever poesia.

JLC310105

(Imagem: “Retrato de Fernando Pessoa”, Almada Negreiros, 1964)

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