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Pilotos da Ryanair anunciam greve antes do Natal

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 O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) anunciou esta quarta-feira que os pilotos da Ryanair estarão em greve no dia 20 de dezembro, devido ao “fracasso da administração em dialogar” com os representantes.

“Face ao fracasso da administração da Ryanair em dialogar com os representantes escolhidos pelos pilotos, foi convocada uma greve de 24 horas para os pilotos com base em Portugal, no dia 20 de dezembro, a partir das 00:00”, avançou o SPAC, em comunicado.

Para o sindicato, “a decisão de greve nunca é fácil, mas a recusa contínua da Ryanair em negociar com os pilotos de forma justa e transparente” não deixou outra opção.

No entanto, o SPAC admite que a greve pode ser cancelada, caso a administração da companhia aérea mostre abertura para o diálogo com vista à negociação coletiva e reconhecimento da Comissão de Empresa do sindicato dos pilotos.

“São os pilotos que mantêm a chave para abrir a porta ao crescimento e expansão que irão maximizar os retornos aos acionistas. Consideramos que é especialmente preocupante que a gestão prefira cancelar aviões durante o período de pico do verão de 2018, do que comunicar com os seus pilotos de forma a arranjar soluções para os problemas dos aviões”, lê-se no documento.

O SPAC disse ainda que se reserva “no direito de adotar novas medidas, caso a Ryanair continue a recursar-se a negociar de forma construtiva”.

No dia 12 de dezembro, os pilotos da Ryanair que têm base na Irlanda anunciaram que vão estar em greve no dia 20 de dezembro.

Os pilotos da Ryanair em Itália anunciaram também uma paralisação de quatro horas para a próxima sexta-feira, dia 15, e os pilotos da companhia com base na Alemanha afirmaram que podem igualmente aderir ao movimento grevista.

A companhia aérea irlandesa ameaçou os seus funcionários que façam greve em Itália com retaliações, suscitando hoje a cólera do Governo italiano e dos sindicatos, que mantêm a paralisação para 15 de dezembro.

“É indigno. Não é o meu domínio de competência, mas penso que é preciso intervir. Não podemos estar no mercado e beneficiar apenas das vantagens sem respeitar as regras”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Económico, Carlo Calenda, aos jornalistas.

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