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Pequim também poderá vir a ter um Clube Português

O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, exortou os portugueses de Pequim a replicar o novo Clube Português de Xangai, a primeira associação cultural e recreativa portuguesa criada na China continental em mais de meio século.

“Estas associações são fundamentais para aproximar as comunidades de Portugal e para chegar aos públicos locais, contribuindo assim para a promoção dos nossos produtos e da imagem do país”, disse José Cesário à agência Lusa.

“As muitas dezenas de associações portuguesas existentes pelo mundo fora complementam a ação desenvolvida pela nossa rede diplomática e consular”, acrescentou.

José Cesário falava após um almoço no único restaurante de Pequim dirigido por um ‘chef’ português, o “Camões”, que juntou à mesa o embaixador de Portugal na China, Jorge Torres-Pereira, e a iniciadora da rede social “portugueses em Pequim”, Inês Cunha e Silva

Lançada por ocasião do 40.º da Revolução do 25 de Abril, em 2014, aquele rede social tem 76 pessoas, o que corresponde a cerca de metade dos membros da comunidade portuguesa registados na Embaixada de Pequim.

“Faz falta um clube como o que foi criado em Xangai. Os portugueses que vivem em Pequim têm uma vida muito local, mas todos teríamos a ganhar se nos juntássemos mais”, disse Inês Cunha e Silva, 27 anos, radicada na China desde 2010.

“A ideia de criar aqui um clube já estava a ser falada entre algumas pessoas do grupo (“portugueses em Pequim”). Espero que seja o começo de uma nova era”, acrescentou.

Inês Cunha e Silva concluiu o ano passado um mestrado na prestigiada universidade Qinghua, em Pequim, e a seguir criou uma empresa especializada na atração de investimento chinês para Portugal.

A ata inaugural do novo Clube Português de Xangai será assinada na segunda-feira à tarde no Consulado-Geral de Portugal, com a presença do Secretário de Estado das Comunidades.

“O objetivo fundamental é agregar a comunidade, através de iniciativas culturais e desportivas, e ajudar os portugueses que chegam a Xangai”, disse à agência Lusa Gonçalo Almeida Garrett, um dos promotores do clube.

O número de portugueses residentes em Xangai e nas vizinhas províncias de Zhejiang e Jiangsu, na sua maioria quadros entre 30 e 40 anos, entre as quais dezenas de arquitetos, rondará os 300.

José Cesário termina em Xangai um périplo de uma semana pela China, iniciado na terça-feira em Macau.

Foi o quarto governante português a deslocar-se a Pequim em menos de um mês, depois dos secretários de Estado das Finanças, Economia e Alimentação, Manuel Rodrigues, Leonardo Mathias e Nuno Vieira e Brito, respetivamente

A China tornou-se nos últimos anos um mercado de crescente importância para as exportações portuguesas e um dos principais investidores em Portugal, sobretudo nas áreas da energia, seguros, saúde e banca.

“É uma tendência natural e não é mais do que aquilo que se passa noutros países. O investimento chinês é desejado e incentivado nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Alemanha”, comentou José Cesário.

“Durante muito tempo, ignorámos pura e simplesmente este lado do mundo, e particularmente a China. Já se fez muito (para corrigir isso), mas há ainda muitíssimo a fazer”, acrescentou.

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