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Pedrógão Grande: Era preciso um homem em cada ponto para cortar totalmente EN236 afirma Constança Urbano de Sousa

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse esta quarta-feira que, para garantir o corte integral da Estrada Nacional 236-1, seria necessário um elemento da GNR em cada um dos ponto de acesso, que são múltiplos.

“Se tivesse sido possível encerrar aquela estrada, em todas as suas vias de acesso, que são múltiplas e que implicava em cada uma pelo menos um homem. Tenho eu garantias ao dia de hoje, que além daqueles pessoas, esses homens também não poderiam ter falecido nesse corte. É uma das questões que, muitas vezes, me coloco e infelizmente para qual eu não tenho resposta”, disse a ministra no parlamento ao ser ouvida acerca dos recentes incêndios na Região Centro, que provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.

Constança Urbano de Sousa, que hoje esteve durante cerca de três horas a ser ouvida na comissão parlamentar Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, esclareceu que “não foi cortada” a Estrada Nacional 236-1, onde morreram 47 pessoas encurraladas pelas chamas devido ao incêndio que deflagrou a 17 de junho em Pedrógão Grande.

A ministra adiantou que esta estrada “não é uma autoestrada”, tem “múltiplos acessos” e várias “vias secundárias”, sublinhando que o primeiro registo que existe em relação a esta via é o acidente que envolveu o carro de bombeiros e que provocou a morte a um bombeiro.

Na comissão, Constança Urbano de Sousa esclareceu que, às 14:00 do dia 17 de junho, estavam ao serviço da GNR naquele zona 10 militares, contrariando informações avançados que davam conta que o posto da Guarda Nacional Republicana de Pedrogão Grande estava a funcionar com três elementos.

“Muito se tem dito sobre a prestação da GNR e o que se tem dito é injusto”, afirmou, avançando que às 16:00 desse ainda, “ainda antes do momento mais critico deste incêndio”, estavam ao serviço 31 militares, efetivo que foi sendo progressivamente reforçado.

A ministra garantiu ainda que a resposta operacional ao incêndio de Pedrogão Grande “foi imediata em termos de alerta inicial”.

“O primeiro alerta foi dado às 14:43 e, logo desde a primeira hora, foram acionados meios de ataque inicial, incluindo um helicóptero, duas horas depois já estavam acionados muitos reforços e foram sendo sucessivamente acionados vários reforços”, afirmou.

“A partir de uma determinada hora, algo que se pode situar entre as 19:30, há uma enorme explosão de focos de incêndio para todos os lados”, realçou.

Os incêndios que deflagraram na região centro, há uma semana, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos e só foram dados como extintos no sábado.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

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