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Passos Coelho: “naturalmente” candidato a líder do PSD e a primeiro-ministro

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, usa da palavra durante a apresentação da sua recandidatura à liderança do partido sob o lema "Social Democracia, Sempre!". em Lisboa, 4 de fevereiro de 2016. MÁRIO CRUZ/LUSA

Pedro Passos Coelho apresentou “de uma forma solene” a sua candidatura a um novo mandato de dois anos como presidente do PSD e afirmou que é “naturalmente candidato a primeiro-ministro”.

“Candidato-me à liderança do PSD e, portanto, sou naturalmente candidato a primeiro-ministro”, afirmou Pedro Passos Coelho, perante dezenas de dirigentes e militantes do PSD, na Casa do Comércio, em Lisboa, tendo como fundo um cenário branco e laranja, com a frase “Social-democracia sempre!”.

Antes de discursar, Passos Coelho ouviu o presidente da distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, e o mandatário nacional da sua candidatura, Fernando Ruas, manifestarem-se convictos de que voltará a ser primeiro-ministro de Portugal.

No início da sua intervenção, o ex-chefe de Governo declarou: “Apresento-me hoje de uma forma solene perante os militantes do meu partido e perante os portugueses como candidato a presidente do PSD”.

Passos Coelho defendeu que o projeto governativo que iniciou em 2011 “exigia duas legislativas” e ficou incompleto e considerou que “essa era também a vontade do país”, porque a coligação PSD/CDS-PP foi a mais votada nas legislativas.

“Não foi assim que aconteceu, porém, e pela primeira vez em Portugal, não só não governa quem ganhou as eleições, como governa quem as perdeu”, lamentou.

O ex-primeiro-ministro reafirmou que não acredita na atual solução de Governo do PS suportada no parlamento por BE, PCP e PEV e sustentou que “os riscos desnecessários que o excesso de voluntarismo e até de revanchismo governativos potenciam não ajudarão o país a viver melhor, nem com mais segurança”.

Contudo, ressalvou que rejeita “a política do bota-abaixo e do quanto pior, melhor”, declarando: “Desejo sinceramente, e lutei muito por isso, que o país conheça nos próximos anos tempos de prosperidade e de menos desigualdades”.

“Para acreditar que voltaremos a merecer a confiança dos portugueses não precisamos de que as coisas corram mal ao atual Governo e aos portugueses”, prosseguiu o presidente do PSD, acrescentando: “Se tudo na economia não correr pior, e desejo que não corra, ainda assim será necessário que a política mude para libertar ainda mais o potencial de crescimento e de abertura de Portugal”.

Em seguida, Passos Coelho defendeu que o PSD é o partido reformista de que Portugal precisa.

“O nosso país precisa ainda de reformas importantes para trazer mais prosperidade e justiça social. Sei que no dia em que o país precise – e sei que precisa – de levar reformas para a frente com mais ambição e profundidade é no PSD, e não nos nossos adversários, é no nosso projeto, e não no dos outros, que encontrará força e determinação para realizar os seus sonhos e aspirações”, afirmou.

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