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Participar num culto em calções

Quando meu cunhado veio, em passeio, a Portugal, fomos à Figueira da Foz.

Habituado a andar, à vontade, pelo sertão brasileiro, envergava calção (bermudas) e t-shirt colorida.

O dia era quente e calmoso. Corria tépida e levíssima brisa, que mais parecia carícia, de que vento.

Almoçámos ao ar livre, numa esplanada. Apenas a avenida nos separava do extenso areal. Tão extenso era, que, por mais que alongássemos a vista, mal vislumbrávamos o mar.

Terminada a refeição, lembrou-se de ir ao Casino. Embora não seja meu lugar preferido, acompanhei-o, por cortesia.

Já na entrada, fomos barrados. Não era permitido entrar na sala de jogos, em bermudas.

Não tivemos outro remédio, senão retirarmo-nos.

Nem os rogos de meu cunhado, afirmando que sempre entrara nos Casinos do Paraguai nesses trajes convenceram o empregado.

Segundo o porteiro era necessário manter o nível…

Tudo isso vem a propósito do que vi, durante a missa, que participei na igreja de São José de Ribamar, no bairro balnear, da Póvoa do Varzim.

Na assembleia, havia senhoras de calções. Poucas, muito poucas, – mas havia…

Dir-me-ão: “Mas que mal há nisso?!”

Nenhum. Cada qual usa o que gosta e está na moda.

Além disso, a igreja, fica a dois passos das famosas praias da Avenida dos Banhos, onde é livre e apropriado envergar biquíni.

Mas uma coisa é a praia e passadouros; outra o templo – Casa de Deus.

Pouco Lhe importa, ao Omnipotente, como cada um está vestido ou despido, mas é – a meu ver falta de consideração e respeito.

Como não é decente, sentar-se à mesa de tronco nu ou de chapéu, na cabeça; nem ir para a faculdade descalço, também, quando se entra na Casa do Senhor, mormente para participar numa cerimónia, deve-se usar trajes domingueiros…

Sou apologista que cada qual se cubra como quer ou pode, mas de acordo com o lugar e local, onde está.

Ninguém vai a entrevista de emprego em fato de banho; nem de sapatos e terno (fato completo) para a praia.

Este ponto de vista, pode ser taxado de puritanismo, mas, parece-me, que quem vai visitar individualidade de respeito, deve-se trajar de acordo com a solenidade da festa ou de quem se visita.

Ou estarei equivocado?

Não é questão de etiqueta ou de moda, mas de respeito.

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