De que está à procura ?

Mundo

Papa aos políticos: construam uma sociedade com menos burocracia

El papa Francisco toca su crucifijo mientras lo conducen a través de la multitud durante su audiencia general inaugural, en la Plaza de San Pedro, en el Vaticano, el miércoles 27 de marzo de 2013. Francisco pidió el miércoles que se ponga fin a la violencia y los saqueos relacionados con el golpe de estado del fin de semana en la República Centroafricana, en su primera apelación de ese tipo por la paz desde que se convirtió en papa. (AP foto/Andrew Medichini)

O Papa defendeu no Vaticano que os responsáveis políticos promovam um “reconhecimento adequado” das famílias e construam uma sociedade com menos “burocracia”.

“Não só a organização da vida comum encalha cada vez mais numa burocracia completamente estranha aos laços humanos fundamentais mas também, infelizmente, os costumes sociais e da política dão mostras, muitas vezes, de sinais de degradação – agressividade, vulgaridade, desprezo -, que estão bem abaixo do limiar de uma educação familiar mínima”, alertou, durante a audiência pública desta semana.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco lamentou que a sociedade moderna avance do ponto de vista científico e tecnológico sem conseguir traduzir esse conhecimento “em melhores formas de convivência social”.

A intervenção criticou a “obtusidade tecnocrática e o familismo amoral”, extremos do “paradoxo” de uma sociedade que menospreza a dimensão familiar.

O tema está no centro da 14ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, a decorrer no Vaticano, da qual o Papa sublinhou o “entusiasmo” com que se têm vivido os trabalhos.

“Que o entusiasmo dos padres sinodais, animados pelo Espírito Santo, possa fomentar o impulso de uma Igreja que abandona as velhas redes e vai pescar de novo, confiando na palavra do seu Senhor”, pediu.

Neste contexto, o Papa sustentou que as famílias são “uma das redes mais importantes” para a sua missão e a da Igreja, “não uma rede que faz prisioneiros” mas que “liberta das águas estragadas do abandono e da indiferença”.

Francisco sublinhou que a vida das famílias exige “toda a atenção e cuidado” da Igreja Católica.

“Para a Igreja, o espírito de família é como que a sua carta magna: a Igreja é e deve ser a família de Deus (…), através da família, a Igreja sai de novo a pescar para evitar que os homens se afoguem no mar da solidão e da indiferença”, precisou.

O pontífice argentino deixou depois uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis da Paróquia da Graça.

“Unidos na oração pelo Sínodo dos Bispos, faço votos de que a vossa peregrinação a Roma fortaleça, no amor divino, os vínculos de cada um com a sua família, com a comunidade eclesial e com a sociedade. Que Nossa Senhora vos acompanhe e proteja”, desejou.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA