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Os países da UE onde os primeiros-ministros não ganharam eleições

No Luxemburgo, na Dinamarca, na Bélgica e na Letónia s primeiros-ministros não saíram do partido vencedor.

Entre os 28 Estados membros da União Europeia há pelo menos quatro países em que o vencedor das eleições não foi quem a seguir formou governo: Luxemburgo, Dinamarca, Bélgica e Letónia. Quem fez as contas foi o Diário de Notícias.

No caso luxemburguês, um escândalo sobre espionagem, em 2013, levou o então primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, a antecipar as legislativas. Chefe de governo há mais tempo em funções na União Europeia – 19 anos -, Juncker viu o seu CSV vencer o escrutínio de 20 de outubro desse ano com 33,66% dos votos (23 deputados eleitos). Porém, não foi o político democrata-cristão, atual presidente da Comissão Europeia, quem conseguiu formar governo.

O atual primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel (na foto), é o líder do partido que ficou em terceiro lugar naquelas legislativas. O Partido Democrático (liberal) teve 18,27% dos votos e 13 eleitos. Em segundo lugar ficaram os socialistas do LSAP, com 20,28% e 13 deputados. Em quarto lugar ficaram os Verdes, com 10,13% e seis eleitos. Bettel lidera hoje um executivo de coligação composto por DP, LSAP e Verdes.

Na Dinamarca, os Sociais-Democratas da primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt – conhecida, entre outras coisas, pela selfie com Barack Obama e David Cameron no funeral de Nelson Mandela – venceram as eleições legislativas de 18 de junho deste ano com 26,3% e 47 deputados. Mas quem formou governo foi Lars Lokke Rasmussen, líder dos liberais-conservadores do Venstre, que ficaram em terceiro lugar no escrutínio com 19,5% e 34 eleitos. Rasmussen formou um governo minoritário com o apoio do Partido Popular Dinamarquês, da Aliança Liberal e dos Conservadores. Estes partidos ficaram em segundo, quinto e nono lugares na votação.

Habituada à instabilidade – já esteve 541 dias sem governo -, a Bélgica também tem um primeiro-ministro que não é saído da formação política mais votada nas legislativas de 25 de maio de 2014. Nesse escrutínio, os mais votados foram os nacionalistas flamengos do N-VA, com 20,36% dos votos e 33 deputados eleitos. No entanto, o primeiro-ministro belga atual é Charles Michel, do partido que ficou em terceiro lugar nas eleições, o Movimento Reformista (teve 9,64% dos votos e 20 eleitos). O mais novo chefe do governo belga desde 1845, com 39 anos, Michel lidera uma aliança com o N-VA, os democratas-cristãos e flamengos e os liberais do OpenVLD. Estes dois últimos ficaram, respetivamente, em quarto e em quinto lugares nas eleições belgas do ano passado.

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