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Para os empresários brasileiros Portugal é uma “porta de entrada na Europa”

O líder do Governo de Minas Gerais, no Brasil, disse à Lusa que os empresários brasileiros estão a investir “cada vez mais” em Portugal porque é uma “porta de entrada” na Europa.

“Nós já temos várias empresas instaladas em Ourém [distrito de Santarém], fruto da parceria existente entre Ourém e Minas Gerais, e agora há mais cinco empresas em vias de cá se estabelecerem”, afirmou Durval Ângelo Andrade à margem do IV Encontro Minas Gerais/Ourém, patente na Exponor, em Matosinhos, no distrito do Porto.

Além da facilidade da língua, o governante destacou a possibilidade de acesso aos fundos europeus de investimento como um dos atrativos para os empresários se instalarem no país.

“Portugal é uma porta de entrada do Brasil para a comunidade europeia”, referiu.

Durval Ângelo Andrade revelou que uma empresa mineira, uma indústria de torrefação de café – que representa 55% da produção de café no Brasil -, e uma fábrica de pão de queijo estão já a instalar-se em Portugal, algo positivo para o país porque cria emprego, estimula a economia e atrai pessoas.

Contudo, o Brasil também é um país “apetecível” para os investidores portugueses e, nem o atual momento do país os afasta, sublinhou.

A situação atual é “difícil”, referiu o líder do Governo de Minas Gerais, mas frisou que “há esperança” no regresso ao poder do ex-presidente Lula da Silva.

“Com a volta de Lula da Silva ao poder a economia irá retomar o crescimento e haverá melhores condições para o desenvolvimento, não estando o investimento português posto em causa porque os empresários sabem que as crises servem para mudar”, salientou.

O governante referiu que os brasileiros “têm bebido muito” da “experiência” portuguesa, nomeadamente em termos de tecnologia, sustentabilidade ou ambiente.

“Tivemos contacto com a Universidade do Minho e vamos ter um carro elétrico português, com toda a tecnologia alternativa, até ao final do ano”, revelou.

A título de exemplo, Durval Ângelo Andrade realçou também que a Centrais Elétricas de Mins Gerais têm “bebido” da experiência portuguesa na energia eólica.

Outra dos exemplos que o Brasil quer replicar é o do turismo religioso, nomeadamente o de Fátima.

“Fátima comemorou este ano 100 anos e a Padroeira de Minas Gerais, Nossa Senhora da Piedade, celebra 250 anos da sua construção, por isso, queremos replicar o bom exemplo na atração de turistas, organização e importância”, ressalvou.

Presente na mostra, um dos empresários na área de produtos para cabelo adiantou à Lusa que, até ao início de 2018, vai instalar uma base de produção e um centro técnico em Portugal.

Questionado sobre o porquê da escolha de Portugal, Sydney Campos frisou que a identidade, a língua, o estilo de vida e a segurança foram os fatores decisivos.

“Além de ser uma porta de entrada na Europa, fator muito aliciante”, comentou.

Entre hoje e quinta-feira, o IV Encontro Minas Gerais/Ourém está na Exponor e, na sexta-feira, no Auditório Municipal de Ourém.

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