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Obrigado, PSP

© Pixabay

No ano de 2017, os dados oficiais registaram um morto e 269 feridos entre o conjunto das forças de segurança. Há dois dias, um imigrante ilegal agrediu e fraturou o nariz de um agente da PSP dentro de uma esquadra.

Até hoje, não se viu uma só vez que fosse, com justificada exposição mediática, o ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, louvar-lhes o esforço e agradecer o sacrifício. Mas uma só fotografia da detenção de delinquentes perigosos, publicada por dois sindicatos, serviu-lhe de pretexto para apoucar toda a PSP.

Sublinhe-se que a nota da autoria da publicação é aqui relevante. Não foi iniciativa do comando, ou de uma esquadra, dentro de regras de hierarquia. Foi de dois sindicatos apenas, num universo de 19. Mas visada pelo ministro foi a corporação policial inteira.

Argumenta-se que os dirigentes sindicais também são polícias; é verdade. Tal qual Mário Nogueira se diz professor. O que se duvida é que publicasse a Fenprof imagens abusivas de crianças no contexto escolar, o ministro da Educação convocasse a Imprensa para atacar os professores.

Se em 2018 Portugal foi considerado o terceiro país mais pacífico do Mundo, isso deve-se às forças de segurança e quase nada ao ministro, consideradas as deficientes condições com que a GNR, PSP, PJ e SEF trabalham para garantir a nossa segurança e liberdade, desde os baixos salários, às centenas de veículos velhos e avariados com que improvisam perseguições e detenções de delinquentes, tantas vezes mais bem armados e equipados, que depois, beneficiando de um sistema absurdo e estupidamente complacente, na maior parte dos casos acabam em liberdade. Já agora, assim aconteceu ao sobredito agressor do agente da PSP, apesar da permanência ilegal no país e de inúmeros processos por ofensas à integridade física e furto que sobre si impendem. Sinceramente, revolta.

Esperava-se que o MAI tivesse para com aqueles que tutela e defende um bocadinho só da condescendência com que a Esquerda repete argumentos sociológicos desculpabilizantes a favor dos piores bandidos. Mas como o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes fizera com as Forças Armadas a propósito do Colégio Militar, Eduardo Cabrita também não resistiu à tentativa de aproveitamento eleitoral, à custa daqueles que deveria saber representar. Tudo se sacrifica à ambição eleitoral do PS.

Justificam-se repreensões? Porventura. Mas estas, dão-se com recato, preservando as instituições, e já agora, depois de culpas confirmadas em processos que não podem presumir menor inocência para os polícias do que a concedida ao resto dos cidadãos.

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